Campinas promove série de ações para marcar Dia Nacional de Mobilização contra a Dengue

16/11/2006

A Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Saúde, promove uma série de atividades para marcar o dia 18 de novembro, Dia Nacional de Mobilização contra a Dengue, estratégia do Ministério da Saúde desenvolvida em todo País. O objetivo principal da data é chamar a população para participar ativamente das ações de prevenção e controle da doença.

No sábado, dia 18, no Shopping Unimart, das 9h às 16h, as equipes da Saúde promovem oficina de reciclagem com garrafas pet; apresentam teatro de fantoches com foco sobre os riscos da doença; atuam em barraca educativa com animais da fauna sinantrópica, com demonstração de exemplares do Aedes aegypti e orientações sobre medidas para o controle do mosquito.

Na região sul, o Centro de Saúde Santa Odila promove, das 8h30 às 9h30, passeata da sede da unidade até a praça do Piçarrão com a comunidade em geral e pacientes que integram os grupos desenvolvidos no CS. No itinerário da caminhada, os participantes fazem limpeza simbólica com remoção de criadouros da dengue.

Também na região sul, o CS da Vila Ipê vai expor uma maquete para atividades de educação em saúde sobre dengue com a comunidade. O CS Parque da Figueira realiza evento na Feira de Artesanato da Avenida Baden Powell, no Jardim Nova Europa, das 8h às 15h. Os agentes comunitários de saúde vão se fantasiar de mosquito da dengue e do personagem Dr. Morte. O objetivo é brincar com os freqüentadores da feira e alertar para os riscos da doença. Além disso, serão distribuídos informes sobre o tema. Também terá uma barraca com exemplos de possíveis criadouros da dengue e uma mostra das fases de vida do mosquito.

“A luta contra a dengue exige esforços tanto das autoridades de saúde quanto da população. Sem esse empenho, aumentam os riscos de uma epidemia da doença. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas quer manter toda a sociedade atenta ao problema e aproveita a oportunidade do Dia D para reforçar a questão”, afirma o médico Pedro Humberto Scavariello, diretor municipal de Saúde de Campinas.

O diretor informa que resultados de uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde mostram que a população participa das ações sempre que requisitada. Por isso, segundo Scavariello, a Secretaria de Saúde de Campinas investe na parceria com a sociedade.

O diretor informa que o trabalho desenvolvido pela Prefeitura contribui sensivelmente para reduzir a incidência de casos de dengue. As equipes atuam diariamente com trabalhos em várias frentes.

“Mas esse trabalho necessita do apoio da população no dia-a-dia. Os moradores precisam estar atentos para não deixar água parada em garrafas, latas e pneus, porque o mosquito deposita seus ovos nesses locais”, diz. Levantamentos do Ministério demonstram que 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão em ambientes residenciais e que a melhor forma de evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água nos locais propícios para a criação do mosquito transmissor.

Prefeitura em Ação

Outra ação importante do cronograma da Campanha Municipal contra a Dengue é o Prefeitura em Ação. A iniciativa é uma parceria entre as secretarias municipais de Infra-estrutura, Meio Ambiente, Saúde, Educação, Cultura, além da Sanasa e do Departamento de Comunicação e desencadeia uma série de serviços essenciais e urgentes em áreas prioritárias, incluindo atividades de combate à doença.

A partir de amanhã, dia 17, e até segunda-feira, dia 20, o Prefeitura em Ação vai atuar na região norte da cidade e as atividades integram a programação do Dia D contra a Dengue. Para esta etapa, a Secretaria de Saúde vai mobilizar uma equipe de mais de 30 pessoas, entre técnicos da Vigilância em Saúde (Visa) Norte, agentes comunitários de saúde e supervisores de controle ambiental para atuar com foco na questão da dengue.

Os trabalhos serão direcionados para pontos estratégicos na abrangência dos centros de saúde de Barão Geraldo, Boa Vista, Jardim Aurélia, Jardim Eulina, Padre Anchieta, Santa Bárbara, Santa Mônica e São Marcos. São considerados estratégicos todos os locais com risco de ocorrência dengue – que são áreas infestadas pelo mosquito, com registro de casos da doença e com concentração de pontos de risco como ferros-velhos, borracharias, comunidades com concentração de catadores entre outros.

Entre atividades, destaca-se o trabalho de limpeza de terrenos particulares sem manutenção, com entulho e mato, e que se constituem em risco não só para a dengue, mas para outras doenças como febre maculosa e leptospirose. Nestes casos, as equipes das Administrações Regionais vão atuar em pontos mapeados pela Visa Norte. Os terrenos vão ser limpos e a Prefeitura vai enviar a conta das despesas para os proprietários.

Além disso, o plano de trabalho de controle da dengue para esta etapa do Prefeitura em Ação engloba: limpeza e colocação de telas em caixas d´água; limpeza de córregos com maior infestação de pernilongos e mosquitos; atuação nos pontos de risco, como desmanches ferros-velhos, borracharias, recicladores, indústrias e outros; atividades de educação, comunicação e mobilização social com a comunidade e em escolas; arrastão para remoção de criadouros e outros trabalhos de combate ao o mosquito Aedes aegypti.

Na sexta-feira, 17, acontece uma operação cata-bagulho em bairros onde são encontradas grandes quantidades de criadouros domésticos e que apresentam grau de infestação importante do Aedes aegypti. Nestes locais, a população será informada da ação por meio de carros de som.

Outras atividades.

Desde a semana passada, dentro das atividades para marcar o Dia D de Mobilização contra a Dengue, a Prefeitura tem agitado as cinco regiões de subdivisão do município com as mais diferentes formas de manifestação para chamar a atenção da comunidade para necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Foram promovidos: arrastões de criadouros da dengue em vários locais, com ações de limpeza em escolas e outros locais que recebem grande público; atividades em pontos de risco que são estabelecimentos como borracharias, ferros-velhos e outros que, pela natureza de sua atividade, podem favorecer a proliferação do mosquito Aedes aegypti por acumularem potenciais criadouros; telagem de 250 caixas d´água; ações de educação em saúde nas escolas, com palestras e exposição de barraca educativa de saúde ambiental; e outras.

Situação epidemiológica.

No Brasil, vários Estados enfrentam epidemia de dengue entre os quais Goiás, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rondônia e São Paulo. No Estado de São Paulo, municípios como Araçatuba, Catanduva, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Hortolândia, Sumaré, além de Campinas e o município de São Paulo enfrentam epidemias.

Desde janeiro de 2006, Campinas confirmou 744 casos de dengue, sendo que o município é um dos que apresenta a menor incidência (número de casos por 100 mil habitantes) da doença no interior do Estado, com 70,4/100 mil habitantes.

Em São José do Rio Preto já foram registrados 12.343 casos. Ribeirão tem mais de 3.700 ocorrências e Araçatuba e Catanduva, 2.354 e 2.551 respectivamente.

Denize Assis

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