Pente-fino contra a dengue já atingiu mais de 20 mil no Campo Belo

01/11/2007

Autor: Denize Assis

A Operação Pente-fino contra a dengue, da Secretaria Municipal de Saúde, atingiu mais de 20 mil pessoas em 5 mil residências dos bairros Campo Belo I, Campo Belo II e Jardim Marisa, na região sul da cidade, desde o 22 de outubro. Estas comunidades compõem uma das áreas de maior risco para a transmissão da doença em Campinas.

As famílias foram beneficiadas com ações de inviabilização e remoção de criadouros; telagem de reservatórios de água; aplicação de larvicida biológico BTI e de inseticida em pontos de risco para matar larva e mosquito adulto; nebulização em áreas com transmissão; e ações de educação em saúde, informação e mobilização social.

Os trabalhos estão sendo desenvolvidos por uma força-tarefa constituída por 75 profissionais entre servidores da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), ajudantes e supervisores de controle ambiental e técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e a Vigilância em Saúde (Visa) Sul atuam na organização e apoio das ações.

O Pente-fino com a colaboração da Sucen será encerrado nesta quinta-feira, dia 1 de novembro. No entanto, os trabalhos nesta comunidade prosseguem com as equipes próprias da Secretaria de Saúde que desenvolvem, entre outras ações, aplicação de larvicida biológico em todos os reservatórios de água pelo menos uma vez por semana e telagem de caixas d´água.

A bióloga Heloísa Girardi Malavasi, da Visa Sul, informa que a área do Campo Belo I, Campo Belo II e Jardim Marisa, na abrangência do Centro de Saúde (CS) São Domingos, reúne um conjunto de fatores favoráveis à dengue, entre os quais condição inadequada de infra-estrutura, com deficiências no abastecimento de água, fluxo grande de pessoas, localização próxima a grandes rodovias e o fato de concentrar muitos depósitos de ferros-velhos.

“Trata-se de uma área propícia, sem água encanada, onde a população armazena o produto em recipientes inadequados, e com a disponibilidade de materiais que podem servir de criadouros para o mosquito como pneus, pratos e vasos de plantas entre outros”, diz.

Heloísa ressalta que, apesar de todo empenho do poder público, a ofensiva contra a dengue não tem eficácia se a população não fizer a sua parte inviabilizando criadouros diariamente. “É necessário que cada um cuide do seu quintal, da sua rua, do seu bairro. Eliminar a água parada tem que se tornar um hábito”, afirma.

Paralelo às ações na abrangência do CS São Domingos, a Prefeitura realizou arrastões hoje no Jardim Monte Cristo, na abrangência do CS São José, também região sul, e na abrangência dos CSs Santa Mônica e Anchieta, região norte.

Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor atrás dos olhos e perda de apetite. A pessoa com a doença também pode apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao manifestar algum destes sinais, o cidadão deve procurar o Centro de Saúde rapidamente. Desde janeiro de 2007, foram registrados mais de 4,7 mil casos de dengue em Campinas, dos quais 13 são hemorrágicos. Uma pessoa morreu.

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