Odontologia: Campinas inaugura Centro de Especialidades no Florence e amplia acesso à saúde bucal

19/11/2008

Autor: Denize Assis

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas promove a partir desta segunda-feira, 17, de novembro, e até dia 22, uma série de atividades com o objetivo de mobilizar a população para participar ativamente das ações de prevenção e controle da dengue. Os trabalhos, que já começaram a agitar todas as regiões da cidade, marcam a Semana de Combate à doença que ocorre em pelo menos 500 municípios paulistas.

Região Norte. Na região Norte da cidade, as atividades foram iniciadas já na sexta-feira, dia 14, com um arrastão da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) quando foram mobilizados servidores da Vigilância em Saúde (Visa) Norte, Centro de Controle de Zoonoses e Centro de Saúde Eulina. As ações na EsPCEx são freqüentes e levam em conta também o fato da instituição receber um grande número de pessoas de todas as regiões do País, inclusive de áreas com transmissão da doença.

Além da Escola de Cadetes, outras 43 escolas municipais e estaduais serão visitadas na região norte. A idéia é promover um pente-fino com busca ativa de casos suspeitos da doença em todas estas instituições. O objetivo é traçar um diagnóstico da situação. Com este mapeamento, a Visa Norte pretende, no recesso das aulas, intervir na condição estrutural das escolas e, no início das aulas em 2009, trabalhar a questão de educação, informação e mobilização social com alunos e funcionários.

“Estamos indo de escola em escola. Os principais problemas encontrados são em relação à manutenção do telhado, lajes, calhas e caixas d’água, que são os locais de difícil acesso. Também encontramos vasos sanitários sem tampa e que no recesso, ao ficar com água parada, se transformam em criadouros. Ralos destruídos e mato – que esconde criadouros – também são problemas a serem solucionados”, afirma o biólogo Ovando Provatti, da Visa Norte.

Região Sul. Na região Sul, ocorrem ações educativas nas escolas e nos centros de saúde, além de arrastões e planfletagem nos semáforos, Rodoviária, Shoppings e outros pontos de comércio.

“Vamos promover ações casa-a-casa, telagem de caixas d’água, aplicação de larvicida biológico, palestras, gincanas, exposições, apresentações de peças de teatro e outras atividades com objetivo de mobilizar de fato a comunidade que tem que ser parceira no combate à dengue”, diz a bióloga Heloísa Malavasi Girardi, da Visa Sul.

Região Leste. Na Leste, logo nas primeiras manhãs desta segunda-feira, 17, agentes de saúde, supervisores e ajudantes de controle ambiental foram mobilizados para um arrastão na área da Vila Miguel Vicente Cury, área do Centro de Saúde (CS) Costa e Silva. Ao todo, 120 imóveis foram visitados.

Amanhã, terça-feira, 18, dentro do programa de educação ambiental permanente, ocorre ação na Escola Estadual Coronel Firmino Silveira Costa (rua Paris, 700).

Região Sudoeste. Na Sudoeste, a Visa mobilizou quatro equipes – com supervisor e ajudantes de controle ambiental – para atuar em escolas na abrangência dos CSs Itatinga, Aeroporto, Tancredo Neves, Dic I, Dic III e Santo Antônio.

“A Vigilância em Saúde está sempre alerta para a possibilidade de um aumento de casos no período de calor e chuvas. A continuidade da transmissão em regiões localizadas em Campinas e a ocorrência em outras cidades do País apontam para o risco de novos surtos epidêmicos. Por isso, a Secretaria de Saúde está atenta e preparada para um trabalho sempre mais aperfeiçoado, inclusive com ampliação das ações de informação, educação em saúde e mobilização social”, diz o supervisor geral de dengue Nilton dos Santos Menezes, da Visa Sudoeste.

Região Noroeste. Na Noroeste, na abrangência dos Centros de Saúde Valença e Lisa, houve evento na Praça da Concórdia nesta segunda-feira, 17, com ações de educação em saúde e exposição de materiais que exemplificam as várias situações corretas e incorretas em relação à dengue.

Um trabalho de destaque ocorre em duas escolas na abrangência do CS Itajaí. As crianças vão participar de gincana e os vencedores vão ser premiados. Além disso, todas as escolas na região serão visitadas para ações de remoção de criadouros e de informação e mobilização.

Foco nas escolas. Segundo a coordenadora das ações de educação em saúde da Visa/Campinas, Fernanda Borges, todas as Vigilâncias em Saúde Distritais – são cinco – vão concentrar esforços em escolas municipais, estaduais e particulares para identificar e eliminar criadouros.

“O objetivo é eliminar o risco do mosquito transmissor da dengue nestas instituições, já que existe uma tendência nacional de aumento de casos em crianças”, afirma. Segundo ela, a Sanasa é parceira nas atividades e a Secretaria Municipal de Educação vai ser envolvida a partir dos diagnósticos observados na ação.

Novas estratégias. A Secretaria de Saúde de Campinas também fez da Semana de Combate à Dengue uma oportunidade para avaliar o controle da dengue no município e apontar estratégias para o próximo período. Neste sentido, divulgou informe técnico para toda rede de saúde onde aponta a atual situação da doença na cidade e faz um alerta para a necessidade da atenção de todos as equipes de saúde.

São 239 casos de dengue este ano em Campinas, número que aponta uma redução de mais de 98% do número de casos em relação ao mesmo período de 2007.

Segundo a médica veterinária Andréa Von Zuben, coordenadora do Programa Municipal de Dengue, embora tenha sido um avanço, a transmissão de dengue se manteve em números baixos em todos os meses do ano sem interrupção da transmissão por no mínimo 2 meses seguidos no período seco.

“A situação se torna mais grave na medida que em outubro já temos seis Centros de Saúde com transmissão, com casos autóctones nas cinco regiões da cidade. Portanto, já está configurado o início de um novo ciclo epidêmico referente ao verão de 2009. Considerando este cenário e a situação epidemiológica no Brasil, região sudeste e Estado de São Paulo, fica claro que os esforços devem ser intensificados na suspeição, notificação e bloqueio oportuno de casos de dengue de forma a minimizar o risco de explosão de casos no verão de 2009”, afirma Andréa no documento enviado a todos os profissionais de saúde.

Saiba mais. A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos, e seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e conseqüências como a morte.

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