Campinas, 17 de novembro de 2009, às 12h
Secretaria de Saúde de Campinas
Nota à imprensa
Situação epidemiológica da influenza
pandêmica (H1N1) 2009
1. SITUAÇÃO EM CAMPINAS
• A Secretaria Municipal de Saúde informa
nesta terça-feira, dia 17 de novembro, que
no acumulado até dia 16 de novembro foram
confirmados 206 CASOS de infecção pelo vírus
Influenza A (H1N1) em Campinas. No último
boletim, em 3 de outubro, o total era de
202.
• Comunica, ainda, o registro de 1 NOVO
ÓBITO de infecção pelo vírus Influenza A
(H1N1) em morador de Campinas. Trata-se de
um homem de 48 anos que possuía fator de
risco (comorbidade). Ele recebeu assistência
médica em um hospital da rede privada
municipal no dia 22 de outubro, quando foi
internado. Morreu no dia 25 do mesmo mês. O
resultado foi informado à Vigilância em
Saúde municipal nesta segunda-feira, dia 16
de novembro. Com este novo óbito, Campinas
acumula
17 MORTES, pelo
vírus Influenza A (H1N1) sendo nove mulheres
e oito homens.
• Do total de casos – dos 206 -, 16
referiam-se a gestantes, sendo que uma delas
evoluiu para óbito. Tratava-se de uma
grávida de gêmeos. Os bebês sobreviveram.
• Informa também que, até o momento, estão
confirmados 7 surtos pela doença no
município. Nesses surtos, 49
pacientes foram atingidos, com média de 7
casos por surto. O período máximo de duração
das ocorrências – diferença entre o início
de sintomas do primeiro e do último caso –
foi de 8 dias. Quatro surtos foram em
estabelecimento de saúde, 2 em instituições
de ensino e 1 em centro de pesquisa. Todos
foram controlados com sucesso por meio de
medidas de afastamento social.
• Do total de casos, a faixa etária mais
acometida continua sendo a de 20 anos a 49
anos, com 63,5% das ocorrências. Na faixa
etária de 15 a 19 anos, estão confirmados 25
casos. Entre 50 e 59, 14. Também há 10 casos
em menores de 1 ano. Quanto ao sexo, as
mulheres representam a maioria, com 119
casos ou 57,7% dos registros.
2. VIGILÂNCIA EM CAMPINAS
• A Vigilância em Saúde, mais uma vez
reforça que, embora tenha sido verificada
redução no número de casos confirmados de
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em
Campinas, ou simplesmente casos graves,
causados pela Influenza A (H1N1), a
transmissão do novo vírus A (H1N1) e os
casos graves provocados por ele continuam a
ocorrer e esta situação deve se manter até a
próxima onda pandêmica no Hemisfério Sul, no
ano que vem. Portanto, é necessário que as
equipes de saúde continuem atentas e que os
cuidados em relação às medidas de prevenção
sejam mantidos. A Vigilância em Saúde
lembra, ainda, que o protocolo que indica
tratamento para casos graves, e mesmo para
os que não exijam internação, mas que
possuem fator de risco, deve ser seguido.
• E informa que deu início ao
trabalho de monitoramento de casos de
síndrome gripal - febre acompanhada de tosse
ou dor de garganta - em hospitais-sentinela
do sistema público e privado de Saúde da
cidade. São dois hospitais privados:
Madre Teodora e Vera Cruz; o Celso Pierro,
por meio do seu trabalho privado; e os
hospitais públicos: de Clínicas, da Unicamp,
e Mário Gatti, da Prefeitura.
Esse monitoramento agrega mais um indicador
à vigilância da Influenza, além das Doenças
Respiratórias Agudas Graves (DRAGs), para
identificar o perfil de gravidade e a
evolução da nova gripe no município. O
estudo vai contribuir, ainda, para detecção
precoce de uma segunda onda epidêmica
na cidade.
• Aos profissionais de saúde:
Cuidados com os pacientes para evitar óbitos
pela Influenza:
- Afastamento social (trabalho, escola e
outros) de pacientes com síndrome gripal por
7 dias*;
- Atendimento aos pacientes com síndrome
gripal com avaliação adequada dos sinais de
agravamento para internação, notificação,
coleta de material para diagnóstico e
introdução da medicação específica (oseltamivir);
- Verificação dos fatores de risco para
introdução precoce do Oseltamivir;
- Notificação e controle adequado dos
surtos.
*se operacionalmente inviável para alguns
adultos, afastar pelo menos durante o
período sintomático ou 24 horas após o final
da febre
3. BRASIL COMPRA LOTE DE VACINAS
• O Ministério da Saúde fechou a compra do
primeiro lote de vacinas contra Influenza A
(H1N1). São 40 milhões de doses. A
estimativa é receber as primeiras vacinas
desta compra em janeiro de 2010. Os públicos
prioritários para vacinação ainda estão
sendo estudados pelo Ministério da Saúde,
que acompanha as recomendações da OMS e as
ações dos países do Hemisfério Norte, que já
enfrentam a chamada segunda onda da doença,
pois estão entrando no inverno. Em países
como México e Estados Unidos, já se observa
um número de casos graves de doença
respiratória maior que em março/abril de
2009, quando a doença surgiu.
Além deste lote, o Ministério da Saúde
também vai adquirir as vacinas produzidas
pelo Instituto Butantan, único produtor na
América Latina, e também por meio do Fundo
Rotatório da Organização Pan-Americana de
Saúde (OPAS). Está prevista, ainda, a
abertura de licitação para compra de outro
lote de fornecedores internacionais. As
quantidades e os prazos para realização
dessas compras, no entanto, estão sendo
definidos.