Arrastão de criadouros da dengue dá início ao 4° Prefeitura em Ação

14/12/2006

Campinas iniciou nesta quinta-feira, dia 14 de dezembro, a quarta etapa do ‘Prefeitura em Ação’ com um megaarrastão de criadouros da dengue em 19 bairros na abrangência do Centro de Saúde São Domingos, na região sul da cidade. Os trabalhos, que contam com a atuação de mais de 150 homens em campo, vão até domingo, dia 17.

Segundo a coordenação da operação, o objetivo do megaarrastão é que todos os moradores e donos de comércio na abrangência do São Domingos se desvencilhem de todo material inservível acumulado, como garrafas, pneus, latas, potes e demais recipientes que possam juntar água.

As equipes vão recolher os materiais nas ruas e dar a eles destinação adequada. Portanto, quem tiver objetos acumulados deve ligar para o Centro de Saúde São Domingos nos telefones 3225-6711 e 3225-9980 para informar o endereço do domicílio ou comércio que o caminhão passará para removê-los. A orientação vale para donos de borracharias e ferros-velhos.

Entre os bairros na abrangência do São Domingos estão os Jardins Fernanda, Campo Belo 1 e 2, Marisa 1 e 2, Dom Gilberto, Puccamp, Itaguaçu, Cidade Singer, Vila Palmeiras e outros.

Serviços essenciais

O ‘Prefeitura em Ação’ desencadeia um conjunto de serviços essenciais e urgentes em áreas prioritárias durante pelo menos quatro dias seguidos e tem como um dos focos o combate à dengue. O objetivo é que problemas como inundações e risco de doenças, como dengue e leptospirose, e de outros agravos, como acidentes com animais peçonhentos, que se acentuam com a chegada do período de calor e chuvas, sejam minimizados.

São trabalhos como capina; poda de mato; limpeza de terrenos, escolas e outras áreas públicas; terraplenagem; aterro de valas, fossas e áreas alagadas; remoção de resíduos; arruamento; remoção de moradia abandonada; e outros.

Entre as atividades, destaca-se o trabalho de limpeza de terrenos particulares sem manutenção, com entulho e mato, e que se constituem em locais de risco para doenças. Nestes casos, as equipes das Administrações Regionais vão atuar em pontos já mapeados pela Vigilância em Saúde (Visa) Sul. Os terrenos vão ser limpos e a Prefeitura vai enviar a conta das despesas para os proprietários.

Também são desencadeadas ações mais específicas do combate à dengue como limpeza e colocação de telas em caixas d´água, pesquisa sobre a infestação do mosquito Aedes aegypti, aplicação de larvicida biológico BTI, busca ativa de casos com sintomas da doença além de ações de comunicação, educação em saúde e mobilização social.

O ‘Prefeitura em Ação’ já contemplou as regiões Noroeste, Sudoeste e Norte de Campinas. Os trabalhos são intersetoriais e envolvem, além da Secretaria Municipal de Saúde, as Secretarias de Educação, Infra-Estrutura, Indústria e Comércio, Sanasa, Defesa Civil e conta com o apoio do Departamento de Comunicação (Decom) e da Câmara Municipal.

Participação popular.

O Secretário Municipal de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, voltou a defender hoje a participação da população no combate aos criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue. Francisco Saraiva reforçou a necessidade de envolvimento da sociedade nas ações públicas de saúde.

“Cada campineiro tem que contribuir no combate à dengue”, disse o secretário, que também chamou a atenção das pessoas que não deixam o agente de saúde entrar em suas residências para fazer a inspeção de locais e objetos que podem acumular água e transformar-se em criadouros.

“É preciso facilitar o acesso das equipes às suas casas, acompanhar o trabalho, esclarecer dúvidas, verificar os pontos de risco dentro do seu domicílio e, principalmente, eliminar os criadouros no dia-a-dia”, afirmou.

A região sul de Campinas registrou este ano 160 casos de dengue, sendo 145 autóctones – quando a pessoa contrai a doença onde reside. Na área do Centro de Saúde São Domingos foram 63. O total de casos nas cinco regiões de Campinas é de 754 casos, sendo que o município é um dos que apresenta a menor incidência (número de casos por 100 mil habitantes) da doença no interior, com 70,4/100 mil.

Denize Assis

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