Fonte:
SINANW/SMS - Campinas
Em
todo o ano de 2003 foram notificadas 197 meningites confirmadas,
sendo que 45% delas foi de etiologia viral.
2
- Doença meningocócica
Incidência
e sorogrupo - O coeficiente de incidência da doença meningocócica
no município de Campinas vem apresentando queda desde 1997,
no entanto com uma inversão na prevalência do sorogrupo nos últimos
anos - aumento do sorogrupo C e diminuição do sorogrupo
B. Em 2003 a prevalência do sorogrupo B ainda foi ligeiramente
maior (8 casos B, 7 casos C, 6 casos com sorogrupo ignorado).
Nesse ano, dos 8 casos notificados até o momento, 6 são
sorogrupo C, 1 B, e 1 caso ainda não está identificado seu
sorogrupo. É importante ressaltar que dois casos desse ano
foram importados (a fonte de infecção não foi em Campinas):
dois adultos, 1 com cura e 1 óbito, ambos do sorogrupo C.
A
incidência observada até o presente (0,73/100.000 hab.),
apresenta-se estável em relação ao mesmo período do ano
passado (0,89/100.000 hab.), contudo nesse ano, há uma concentração
da metade dos casos na primeira quinzena de julho.
GRÁFICO
1 – Doença Meningocócica, segundo coeficiente de incidência
por 100.000 hab. e ano, residentes em Campinas/SP
Fonte:
SINANW/SMS – Campinas
Faixa
Etária - Desde 1998 os coeficientes de incidência são
maiores nas faixas etárias de menores de 1ano e de 1 a 4 anos,
com mais de 50% dos casos ocorrendo nestas faixas etárias, não
evidenciando, portanto, deslocamento de faixa etária até 2003.
Em 2004, estamos observando um percentual maior dos
casos nos adolescentes e adultos
(50% dos casos de 15 a 49 anos); o maior coeficiente
de incidência é na faixa de 1 a 4 anos (4,71/100.000 hab),
ainda não tivemos casos registrados em menores de 1 ano.
Óbitos
e Letalidade – Em 2004 foram registrados 3 óbitos, todos
ocorridos entre os dias 12 e 16 de julho. Dois deles foram
fulminantes, em crianças de 4 anos, com quadro clínico de
meningococcemia, como é esperado em casos de doença meningocócica,
principalmente dos sorogrupos B e C. Um óbito ocorreu em adulto,
23 anos. Dois óbitos foram do sorogrupo C, e 1 deles a cultura
está em andamento, com grande probabilidade de resultar negativa
(é a cultura de um dos casos com evolução fulminante, 4 anos de
idade).
A
letalidade em 2004 (8 casos, 3 óbitos - 37,5%) está mais alta
que dos anos anteriores, no entanto, para o período é maior que
2003 (11,1%) e menor que 2002 (50,0%). Vale comentar que o
número absoluto de casos é pequeno, dificultando a análise
pelos indicadores.
Distritos
- O Distrito de
Saúde com maior coeficiente de incidência (C.I.) em 2004 é o Leste
(4 casos e CI de 1,83/100.000 hab.), seguido da Sudoeste (2 casos
e C.I. de 1,01/100.000 hab). Um dos casos do Distrito Leste é do
sorogrupo B, os outros do sorogrupo C.
Em
2003, o Distrito com maior coeficiente foi o Sul (9 casos e C.I.
de 3,33/100.000 hab.) e o Leste (5 casos – C.I. de 2,30/100.000
hab.).
Há
uma alternância dos maiores coeficientes de incidência entre os
Distritos a cada ano.
Dos
3 óbitos desse ano, 2 foram de pacientes residentes no Distrito
Sul, sendo um deles o caso importado (sorogrupo C) e o outro, da
criança de 4 anos (óbito fulminante, cuja cultura está
resultando negativa). O outro óbito, também fulminante, foi de
paciente residente no Distrito Leste (sorogrupo C).
3
- Meningite por Pneumococo
A
incidência de meningite pneumocócica vem se mantendo estável
nos últimos anos, com uma média de 14 casos por ano.
Até
o momento em 2004, foram notificados 8 casos (C.I. 0,73/100.00), e
no mesmo período do ano passado 12 casos (1,1/100.000 hab.).
A
letalidade por essa meningite é alta, maior que a da Doença
Meningocócica, e variou entre 39% e 56% no período de 1998 a
2003. Nos anos de 1998 e 2001, as letalidades foram mais baixas,
de 18% e 13% respectivamente.
Esse
ano, 2 óbitos foram registrados, o que significa uma letalidade
de 33,3 %, um em criança menor de 1 ano e o outro em paciente com
mais de 80 anos.
Em
2003, 57% dos óbitos ocorreram em crianças até 14 anos, e dois
óbitos em pacientes de 50 a 59 anos. Em 2002, 50% dos óbitos foi
em menores de 4 anos, e 50% em adultos de 50 a 59 anos.
Os
maiores coeficientes de incidência são observados nas crianças
menores de 1 ano. Em 2004, o coeficiente de incidência até o
momento é de 13,03/100.000 hab., menor que o de 2003 que foi de
33,10/100.000 hab., e semelhante ao de 2002 (13,46/100.000 hab.).
23/07/2004