Análise da Participação do Enfermeiro no Programa de Tuberculose desenvolvido nas unidades básicas de saúde

Resultados

Avaliando a situação atual de envolvimento dos profissionais de enfermagem (Enfermeiro, Técnicos e Auxiliares de enfermagem), tendo como referência as respostas das dez UBS (ao instrumento aplicado na oficina), podemos perceber que:

1- Das dez unidades, quatro responderam utilizar algum parâmetro de avaliação, porém não deixa claro quais os indicadores e instrumentos utilizados, e como se dá apropriação desses dados no desenvolvimento de ações pela equipe.

2 – Há um evidente predomínio no envolvimento de profissionais de Enfermagem (Enfermeiro e Auxiliar) no programa de TB desenvolvido nas UBS. Todas as Unidades declararam o envolvimento desses profissionais.

3 – Com relação a rotina de atendimentos é notória a participação do Enfermeiro nos casos suspeitos, onde as repostas das UBS revelaram o seguinte: a) Consulta de Enfermagem na ausência do Médico – 01 resposta; b) Consulta de Enfermagem, solicitação de exames e registro em SVE2 – 03 respostas; c) Não explicita o profissional envolvido – 04 respostas; d) Não conclusiva – 02 respostas;

4 – Nesta questão, ficou claro que as atividades de notificação e, portanto, utilização dos instrumentos epidemiológicos, vem sendo assumida pelo enfermeiro nas UBS (todas as unidades). O atendimento por sua vez é considerado como atividade do Enfermeiro em 07 unidades e em 03 unidades não ficou explicito o profissional envolvido.

Os fluxogramas produzidos na oficina, possibilitaram a visualização do processo de trabalho desenvolvido pelas equipes, tendo-se como referência a norma técnica do Ministério de Saúde. Para facilitar o trabalho e a compreensão dividimos o fluxo em 05 etapas – Investigação, Diagnóstico, Início do tratamento, Acompanhamento1 e Acompanhamento2 (Em anexo os fluxogramas)

Analisando as etapas percebemos que a investigação, ou seja busca ativa de casos dentro e fora das unidades e solicitação de exames, tem grande envolvimento do profissional de Enfermagem. Através das atividades extra-muros, sala de procedimentos, coleta de exames, farmácia entre outros, estes profissionais tem um momento de intersecção e portanto a chance de captar um caso suspeito.

Também nesta fase há registro de suspeitos (em SVE2), solicitação de exames e orientações.

Na etapa diagnóstica, ou seja análise dos resultados de exame, a atuação do Enfermeiro é restrita a análise do exame de escarro e a partir da confirmação do caso, desencadeia ações (organiza visita domiciliar), notifica em ficha epidemiológica e SINAN e agendamento de consulta médica.

O início do tratamento é um momento crítico para o trabalho em equipe, sobretudo Médico e Enfermeiro. O Enfermeiro organiza os instrumentos de notificação, agendamentos de retorno, controle do tratamento e dispensação de medicamentos.

No acompanhamento a enfermagem por sua atuação vigilante, preocupa-se com a vinculação do paciente, adesão ao tratamento, monitoramento através de exames de controle e avaliação de comunicantes e intercorrências.

Do 2° ao término do 6° mês a consulta de Enfermagem é intercalada com a consulta Médica. É dirigida a evitar abandonos, controle do tratamento (intercorrências e melhora clínica).

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Índice Geral dos Trabalhos de Enfermagem

Página atualizada em Setembro / 2001