Trabalhos do I Seminário Municipal de Enfermagem

Antecipadamente nos desculpamos com os autores por realizarmos pequenas alterações na formatação de seus trabalhos e esclarecemos que se fizeram necessárias para fins de impressão e reprodução.
comissão científica do I Seminário Municipal de Enfermagem – realizado em Campinas pela SMS, nos dias 11 e 12 de Maio
 

TREINAMENTO EM SERVIÇO DA APLICAÇÃO DA VACINA BCG – ID  RELATO DA EXPERIÊNCIA DE CAMPINAS.

FERREIRA, E.N.W.A.,
MUFALO, J.,
GIGANTE, R.,
BALISTA, S.R.R,
KEMP,B.,
CESAR,  F. C.C.
Enfermeiras da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas
 

A  Organização Mundial da Saúde preconiza e a Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária recomenda que para o treinamento da vacinação BCG – ID, é necessário a aplicação e leitura prévia de grande número de Testes Tuberculínico e aplicação de BCG - ID sob supervisão  para considerar o profissional habilitado nestas técnicas.

Estas recomendações, deixaram um numero reduzido de profissionais na Rede que aplicavam a vacina BCG – ID. No geral , havia um profissional por Centro de Saúde habilitado, que agendava um vez por mês a aplicação desta vacina.

Em Campinas, a partir de 1987 houve um crescimento gradativo do numero de enfermeiros para atuarem nas Unidades de Saúde. No entanto, o número de treinamentos formais foi diminuindo, ora por falta de instrutores, ora por falta de PPD, ora por falta de pessoas a serem aplicados os testes.

A Secretária Municipal de Saúde, assume a partir de 1990 o treinamento em serviço destes novos enfermeiros contratados da seguinte forma:

- O enfermeiro deixava sua Unidade de Saúde e fazia o treinamento da aplicação da vacina BCG – ID, sem teste tuberculínico prévio, em outro Centro de Saúde, onde o enfermeiro responsável era capacitado para aplicar a vacina.

- O enfermeiro instrutor fazia uma discussão teórica da vacina (conservação, diluição, eventos adversos, cuidados com a lesão, eficácia...), e iniciava a parte prática.

- O enfermeiro treinando, observava primeiro, quantas aplicações fossem necessárias e após, começava a aplicação sob supervisão.

- Não havia número mínimo de aplicações para considerar o treinando capacitado, variava conforme a habilidade de cada profissional.

- Após capacitado, o enfermeiro volta a sua Unidade de origem para realizar as aplicações do BCG e multiplicar o treinamento em serviço para o maior número possível de auxiliares de enfermagem.

CONCLUSÃO:

O número de eventos adversos sabidamente associados às falhas de técnicas (úlcera maior que 1 cm, abscesso e linfadenopatia regional supurada) mantiveram-se com taxas semelhantes a dos anos anteriores ao Treinamento em Serviço. 

O acesso da população à aplicação da vacina BCG aumentou consideravelmente.

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Página atualizada em Setembro / 2001