Febre Purpúrica Brasileira

2.1 - Manifestações clínicas

Doença infecciosa aguda, com manifestações clínicas sistêmicas, que acomete crianças após conjuntivite, com manifestações que seguem uma certa cronologia, em curto espaço de tempo: início com febre alta (acima de 38,5o C), taquicardia, erupção cutânea macular difusa, tipo petéquias, púrpuras e outras sufusões hemorrágicas, e hipotensão sistólica. Aparecem, também, manifestações digestivas, como náuseas, vômitos, dor abdominal, enterorragias e diarréia, bem como mialgias e sinais de insuficiência renal (oligúria e anúria). Ocorrem plaquetopenia, leucopenia com linfocitose ou leucocitose com linfocitopenia. Observa-se agitação, sonolência, cefaléia e convulsão. A cianose e taquidispnéia, conseqüente à acidose, faz parte da progressão da doença. Essa enfermidade, em geral, evolui de 1 a 3 dias, ou seja, é um grave quadro fulminante, com choque séptico e Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD), cuja letalidade varia de 40 a 90%. Quando o paciente sobrevive, pode vir a apresentar gangrenas, com ou sem mutilações. 

A natureza sistêmica e fulminante da febre purpúrica brassileira (FPB), deve estar associada à liberação de toxinas pela bactéria. A conjuntivite, que precede a FPB, também é conhecida como conjuntivite bacteriana e olho roxo. 

 

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