Vigilância Epidemiológica
Peste
Doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de pulga infectada, que se manifesta sob três formas clínicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica. É um perigo potencial para as populações, devido à persistência da infecção em roedores silvestres.
Guia de Vigilância Epidemiológica - Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
Sinonímia
É conhecida popularmente como “peste negra”, “febre do rato” ou “doença do rato”.
Agente etiológico
Yersinia pestis, bactéria que se apresenta sob a forma de bacilo Gram-negativo, com coloração mais acentuada nos polos (bipolar).
Aspectos epidemiológicos
Tempo:
Nos últimos 10 anos, o Brasil registrou apenas 1 (um) caso de peste bubônica em 2005.
Lugar:
O último caso foi registrado no estado do Ceará, no município de Pedra Branca, região serrana.
Pessoa:
Os casos de peste geralmente são do sexo masculino, com faixa etária entre 15 e 60 anos e a ocupação dos acometidos geralmente está ligada à atividade agropecuária.
Reservatório:
Roedores silvestres-campestres (Necromys lasiurus, Oryzomys subflavus, Oligoryzomys eliurus, Galea spixii, e outros) e sinantrópicos ou “domésticos” (Rattus rattus, Rattus norwegicus, Mus musculus) e os lagomorfos (coelhos e lebres).
Vetores:
Os vetores são pulgas. As mais importantes em nossos focos são: Xenopsyllacheops, X. brasiliensis e X. astria e algumas espécies próprias de roedores silvestres, do gênero Polygenis.
História natural da doença
A Peste é uma doença infecciosa aguda, transmitida principalmente por picada de pulga infectada, que se manifesta sob três formas clínicas principais: bubônica, septicêmica e pneumônica. A peste continua sendo potencialmente perigosa em diversas partes do mundo. Focos naturais da doença persistem na África, Ásia, sudeste da Europa, América do Norte e América do Sul. Na América do Norte, tem sido comprovada a existência da peste na região ocidental dos Estados Unidos. Na América do Sul, a peste tem sido notificada pelos seguintes países: Brasil, Peru, Bolívia e Equador. No Brasil existem duas áreas distintas consideradas focos naturais: o foco do Nordeste e o foco de Teresópolis (no estado do Rio de Janeiro). Existem outras áreas pestígenas localizadas no território mineiro (vale do Rio Doce e vale do Jequitinhonha), que podem ser consideradas como extensão do foco do Nordeste. O foco do Nordeste encontra-se distribuído nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco (com pequena extensão para o Piauí), Alagoas e Bahia; enquanto que o foco de Teresópolis é isolado e independente, ficando nos limites dos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo, situado em zona de floresta tropical.