Campinas atinge 54,96% da meta de vacinação contra pólio

25/08/2015

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A Secretaria de Saúde de Campinas aplicou até segunda-feira, 24 de agosto, 31.360 doses de vacina contra poliomelite, o que corresponde a 54,96% das crianças de seis meses a cinco anos incompletos do município. A meta é aplicar 60.654 doses até o final da campanha, dia 30 de agosto, o que corresponde a 95% das crianças.  

Segundo a coordenadora do programa de imunização, Andrea Barbosa, o resultado da campanha está abaixo do esperado. ''Com isso temos o risco da reintrodução do vírus no país. É importante que os pais e responsáveis levem as crianças para tomar a vacina'', diz a coordenadora. “Em 2014, a meta não foi atingida pelo município, ficando em 80%. Embora o Brasil esteja livre da paralisia infantil, é fundamental dar continuidade às campanhas de vacinação para evitar a reintrodução do vírus no País, uma vez que ele ainda circula em alguns deles”, completa.  

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 10 países registraram casos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão) 

Pais e responsáveis que ainda não vacinaram seus filhos devem procurar um dos 64 centos de saúde de Campinas até o fim da campanha. Os endereços dos podem ser encontrados no site da Prefeitura de Campinas (www.campinas.sp.gov.br) ou pelo Serviço 156.

 

Certificação 

Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Panamericana de Saúde (Opas) o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem, juntamente com os demais países do continente americano. O último caso da doença registrado no Brasil foi em 1990. O resultado foi possível devido à estratégia de vacinação adotada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que teve início em 1980. 

O Plano Estratégico Endgame e a Erradicação da Pólio (2013-2018) teve origem na Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em 2012. O documento declara a finalização da pólio como uma “emergência programática global para saúde pública”, e traça quatro objetivos principais: a detecção e interrupção da transmissão do poliovírus; o fortalecimento dos programas de imunização; a contenção do poliovírus e a certificação da interrupção da transmissão; além do legado de planejamento. 

Atualmente, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite todos os anos, com a imunização de crianças, entre seis meses de idade e cinco anos incompletos. Na mobilização de 2014, realizada junto a estados e municípios, mais de 11,9 milhões de crianças foram vacinadas.

 

Esquema vacinal 

Além da campanha anual, a vacina contra a paralisia infantil faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e fica disponível durante todo o ano nos postos de saúde de todo o município. Na vacinação de rotina, a dose é recomendada a todas as crianças menores de cinco anos, aos dois, quatro e seis e 15 meses de idade, além da dose de reforço, aos completar quatro anos. As campanhas são realizadas como oportunidade para atualização do esquema vacinal. 

Atualmente, são ofertados dois tipos de vacina: a VIP (Vacina Inativada Poliomielite), utilizada no início de esquema de vacinação, e a VOP (Vacina Oral Poliomielite), utilizada como dose de reforço.

 

Poliomielite 

A doença é infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

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