Denize Assis
A Construtécnica
Engenharia Ltda, empresa responsável pelas obras do Conjunto
Residencial Campinas-E, se recusou a ceder o barracão onde a
Secretaria de Saúde de Campinas pretendia instalar
provisoriamente o módulo de saúde da família destinado à
comunidade que vive no local. A recusa foi comunicada
verbalmente, no final da tarde de anteontem (14 de janeiro),
pelo representante da empresa à Prefeitura, que já solicitou
o encaminhamento de documento com a decisão.
A Secretaria
Municipal de Saúde vai cobrar do secretário de Habitação
do Estado, Barjas Negri, o compromisso de que o Governo de
Estado iria se empenhar para definir um local para a instalação
do módulo. O acordo foi firmado verbalmente com a secretária
municipal de saúde, Maria do Carmo Cabral Carpintéro, no
final de 2003 durante evento com a presença do governador em
Campinas.
O Campinas-E
foi inaugurado pelo Governo de Estado em 1 de maio de 2003 na
região Norte do município entre o Recanto dos Pássaros e o
Parque Cidade. No local moram aproximadamente 2.300 famílias
que constituem uma população de aproximadamente 10 mil
pessoas. Conforme prevê a Legislação, uma comunidade deste
tamanho não pode ser instalada num local sem a devida
estrutura de saúde e educação.
A Secretaria
Municipal de Saúde, na tentativa de garantir assistência à
comunidade, constituiu uma equipe de saúde do Paidéia
exclusiva para atender aos moradores do conjunto. No entanto,
segundo o médico Paulo Bonilha, coordenador do Distrito de Saúde
Norte, a equipe atende no Centro de Saúde São Marcos, que
ficou pequeno para tamanha demanda. A população do conjunto
representa quase que a metade do público atendido pelo CS São
Marcos, que é de 28 mil moradores.
A Prefeitura
tem buscado todos os meios para solucionar a questão. Além
de constituir uma equipe de saúde, segundo Bonilha, vai
iniciar ainda este ano a construção de um centro de saúde
voltado para a população do Campinas-E, apesar da demanda não
estar prevista no Orçamento Participativo. O recurso para a
obra deve vir de verba suplementar do Ministério da Saúde.