A Secretaria de Saúde de Campinas intensificou, a
partir da última semana de janeiro, a ofensiva
contra o Aedes aegypti, mosquito que
transmite a dengue, em áreas apontadas como
prioritárias – que são aquelas com casos suspeitos e
confirmados da doença e com infestação de mosquito e
disponibilidade de criadouros - nas cinco regiões do
município.
Norte.
Na região norte, na quarta-feira, 31 de janeiro, as
equipes atuaram no condomínio Residencial Barão do
Café, que fica na estrada da Rhodia. Os agentes
comunitários de saúde visitaram 374 endereços para
orientar a comunidade e inviabilizar criadouros.
Noroeste.
Na região noroeste, as equipes reforçaram desde a
última quinta-feira, 1 de fevereiro, as ações de
controle na área do Centro de Saúde (CS) Floresta,
local onde foi confirmada transmissão da doença.
Os trabalhos incluem busca ativa para verificar
outros casos de dengue nas imediações, trabalhos de
limpeza urbana e mobilização e informação da
comunidade. “Não podemos baixar a guarda”, diz
Rodrigo Antonio Araújo Pires, técnico da Vigilância
em Saúde (Visa) Noroeste.
Rodrigo informa que, na terça-feira, dia 6, nas
imediações do Centro de Saúde Floresta será
promovido um grande arrastão de criadouros do
mosquito. Neste dia, as pessoas devem colocar na
calçada tudo que não tem mais serventia em sua casa
- principalmente latas, garrafas, pneus e qualquer
outro recipiente que possa acumular água – para que
o caminhão da Prefeitura possa levar embora.
A Visa Noroeste também orienta que, se alguém
apresentar febre, acompanhada ou não de outro
sintoma da dengue, deve procurar a unidade de saúde
para esclarecer a causa.
Sul.
Nesta sexta-feira, dia 2, na região sul, a Visa
promove ação na área do Centro de Saúde Faria Lima.
Também na sul, está sendo programada uma ação nos
bairros Icaraí, Gleba B, Saltinho e Jardins Noêmia,
Nossa Senhora de Lourdes, do Lago e Irajá, todos na
abrangência do Centro de Saúde Carvalho de Moura. A
ação inclui roçada de mato e retirada de lixo, além
de ações de educação em saúde, comunicação e
mobilização social.
Leste e sudoeste.
Na região leste, as equipes da Visa promovem
trabalho de retirada de criadouros na segunda-feira,
5, na rua Cásper Líbero, 142, Ponte Preta. Na
sudoeste, serão promovidas ações na quinta-feira, 8,
na abrangência do CS Itatinga.
Breteau.
Na segunda-feira, 5, a Secretaria de Saúde inicia
mais um levantamento – o primeiro de 2007 - sobre a
infestação do mosquito Aedes aegypt. Chamado
tecnicamente de pesquisa de Índice de Breteau, o
levantamento apresenta uma ‘radiografia’ do
município que permite a identificação dos locais
onde estão concentrados os criadouros do mosquito e
o tipo de criadouro predominante.
O
resultado é utilizado como um dos indicadores pelas
equipes da Saúde para direcionar medidas de controle
da doença para áreas de maior risco. São medidas
como mutirão de limpeza, incremento do trabalho de
campo, ações de educação em saúde, comunicação e
mobilização da comunidade, entre outras medidas.
“A partir do resultado do Breteau, além da
ocorrência de casos suspeitos e confirmados, pode-se
concentrar os esforços de combate ao mosquito nos
locais corretos. Se o criadouro predominante for o
lixo, a prefeitura local pode implementar um mutirão
de limpeza, por exemplo. Isso mobilizando também a
sociedade, uma vez que ações como tampar caixas
d'água, eliminar pneus velhos ou colocar areia no
prato do vaso de planta contribuem em muito para
combater a dengue”, diz o secretário municipal de
Saúde, José Francisco Kerr Saraiva.
Dados.
Este ano, Campinas notificou 198 casos suspeitos de
dengue. Entre eles, até o momento, foram confirmados
33, sendo oito autóctones, seis importados e 19 que
ainda estão em investigação para que se saiba se a
pessoa contraiu a doença em Campinas ou em outra
cidade. Em 2006, Campinas registrou 870 casos de
dengue, sendo 683 autóctones.
Denize Assis