"Carnaval da Inclusão" é um conjunto de ações
desenvolvidas pelo Programa Municipal de Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas, em
parceria com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de
Campinas (Emdec) e Secretaria Municipal de Transportes (Setransp),
neste sábado, dia 10, durante o desfile de Carnaval de
Rua da City Banda.
A
proposta é promover simultaneamente o "Carnaval da
Inclusão", iniciativa das instituições públicas de levar
às avenidas um grupo de pessoas com deficiência, a
maioria delas, moradores de Campinas que utilizam
cadeiras de rodas, além de idosos e pessoas que vivem
com hiv ou que vivem com a aids.
A
mobilização desse grupo está sendo feita pela Emdec e
pelo Programa Municipal de DST/Aids com proposta
vinculada à idéia de promover "prevenção positHIVa",
casada ao slogan do Ministério da Saúde "A Vida É
Mais Forte Que A Aids", lançado em 2006, no Dia Mundial
de Luta Contra a Aids, celebrado globalmente em 1º de
Dezembro, data reconhecida pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
Segundo
os organizadores, a expectativa é levar cerca de 250
pessoas para a folia, incluindo também funcionários da
EMDEC e do Centro de Referência do Programa Municipal de
DST/Aids.
O bloco
e as ações terão como mote "Folia e alegria combinam com
vida" – "Vista-se – Use sempre camisinha" e "Se beber
não dirija". Especificamente para o Carnaval da
Integração, promovido em Campinas através da Secretaria
Municipal de Cultura Esporte e Lazer, o Programa DST/Aids
adotou o slogan: "Com camisinha, alegria antes e
depois da festa", com base no mote da campanha nacional
desenvolvida através do Ministério da Saúde.
A Emdec/Setransp
e o Programa Municipal de DST/Aids de Campinas
distribuirão 40 mil leques para os foliões, que trarão o
slogan das ações. Esse material será levado ainda para
as portas de clubes e outros eventos no Carnaval
Integração 2007. Além disso, o bloco desfilará com
camisetas trazendo esse mote. Cerca de 2.000 camisinhas
também devem ser distribuídas durante o evento oficial
do Carnaval 2007 de Campinas.
"No
Carnaval, as pessoas ficam mais descontraídas, alegres e
mais disponíveis para relações interpessoais
passageiras. Portanto, manter a veiculação de
informações e prevenção e a disponibilização de
preservativos é muito importante", afirma a coordenadora
do Programa Municipal DST/Aids de Campinas, a enfermeira
sanitarista, Cristina Ilario.
As
ações do Carnaval integram a Campanha "Preferência pela
Vida", pelo segundo ano consecutivo. Em 2006, a Emdec/Setransp
e o Programa Municipal de DST/Aids uniram -se pela
primeira vez para um trabalho de educação e informação
no Carnaval. Naquele ano, o slogan foi "Arriscar não
vale a pena! Use camisinha e não dirija embriagado".
Para a
gerente de Desenvolvimento e Educação da EMDEC, Samantha
Moreira, é muito importante e adequada essa proposta de
conscientização. "Conseguimos unir órgãos com atuações
distintas, mas preocupações em comum: o cuidado e
preservação da vida, o que não deixa de ser um desafio."
Samantha destaca que neste ano foi possível ampliar
ainda mais a proposta e acrescentar às iniciativas com o
Programa Municipal de DST/Aids, a questão da inclusão
das pessoas com deficiência, idosos e pessoas que vivem
com hiv/aids, abrindo espaço para esses grupos.
A
dispensação de preservativos nos eventos do Carnaval é
realizada para ampliar a divulgação da necessidade de
uso das camisinhas em todas as relações sexuais para
prevenir a transmissão das doenças sexualmente
transmissíveis e do hiv, vírus que causa a aids, e
diponibilizadas informações sobre serviços públicos de
saúde para realização do diagnóstico.
Durante
todo o ano ocorre entrega gratuita de preservativos nos
Centros de Saúde e no
Centro de Referência (CR) do
Programa DST/Aids de Campinas, uma unidade
que integra o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para
saber mais sobre prevenção à aids e às doenças
sexualmente transmissíveis a população deve informar-se
através dos Centros de Saúde ou no Centro de Referência
do Programa Municipal de DST/Aids.
O
Centro de Referência é uma unidade pública de saúde
localizada à rua Regente Feijó, 637, Centro, funciona de
segunda a sexta, das 7h às 20h (exceto feriados) e o
telefone é (19) 3234 – 5000.
A aids
não tem cura, mas tem tratamento. O teste de hiv e
sífilis pode ser realizado em qualquer Centro de Saúde
de Campinas, ou no Centro de Referência de DST/Aids.
Mais informações sobre o teste de hiv podem ser obtidas
nestas unidades ou pelo telefone (19) 3236 – 3711.
Mulheres
De
acordo com dados divulgados no dia 30 de novembro pela
Secretaria Municipal de Saúde, Campinas tem 4.763 casos
de aids notificados no município desde a década de 80.
A
epidemia se apresenta estável na cidade, com declínio
para algumas categorias - como usuários de drogas
injetáveis. Estimativas da Coordenação do Centro de
Referência do PM-DST/Aids de Campinas, com base em
projeções do Ministério da Saúde e da Organização
Mundial da Saúde (OMS) indicam que em Campinas
aproximadamente 2.000 pessoas vivem com o vírus hiv e
não sabem.
Deste
contingente, estima-se que pelo menos um terço sejam
mulheres. Uma das formas de fortalecer as ações de
prevenção à aids e outras doenças sexualmente
transmissíveis, junto à população é incentivar a
realização do teste de hiv de maneira precoce,
principalmente entre as mulheres.
Heterossexuais
Dados
epidemiológicos da Secretaria de Saúde mostram que, na
década de 80, início da epidemia de aids na cidade, a
síndrome era majoritariamente masculina. Uma relação de
40 casos de aids entre homens para cada caso entre
mulheres chegou ser registrada nos anos 80.
Segundo
o Programa DST/Aids, no entanto, essa relação mudou e
hoje a principal forma de transmissão do hiv está nas
relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha)
entre homens e mulheres heterossexuais, ou seja, homens
que relacionam-se com mulheres e mulheres que se
relacionam com homens.
E a
relação desproporcional de casos verificados
majoritariamente entre homens, nas décadas passadas, não
é mais realidade. O maior avanço da epidemia, segundo o
Boletim Epidemiológico
da Secretaria de Saúde, está entre as mulheres, o que
inclui tanto as mulheres solteiras como casadas.
A
relação é praticamente de um caso de aids em homem para
cada caso em mulher.
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Mais
informações à Imprensa: Eli Fernandes, (19) 8115
– 4856; Assessoria de Imprensa - Centro de
Referência do Programa DST/Aids Campinas, Rua
Regente Feijó, 637, Centro, Telefones: (19) 3234.5000,
3236.3711, 3232.3283, 3234.4995. De 2ª a 6ª, das 7h às
8h.