Equipes usam camisetas verdes e roxas com slogans da
campanha "Vista-Se",
que divulga o uso do preservativo
como forma segura de evitar o hiv, a aids e dst
A
distribuição de camisinhas durante os eventos oficiais
do Carnaval 2007 de Campinas deve atingir, na próxima
terça-feira, 20 de fevereiro, a marca de 450 unidades
entregues à população.
A
estratégia de prevenção à transmissão do vírus hiv, à
aids e às doenças sexualmente transmissíveis, e que
também pode evitar uma gravidez indesejada, é realizada
pelo Programa Municipal de DST/Aids (PMDST/Aids) da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS)
da
Prefeitura de Campinas.
Somente
para os desfiles realizados a partir desta sexta-feira,
dia 16 de fevereiro, na Avenida Magalhães Teixeira (Vila
Industrial) devem ser distribuídas cerca de 300 mil
camisinhas por uma equipe de 40 profissionais do
Centro de Referência (CR) do
Programa Municipal de DST/Aids .
A
equipe estará vestida de camisetas verdes e roxas, com
sacolas pretas e vermelhas, devidamente credenciadas
para o trabalho durante o desfile, distribuindo as
camisinhas e também material informativo sobre hiv/aids/dst
e serviços que oferecem diagnóstico.
Nas
camisetas, slogans de prevenção identificados pelo
conceito da campanha "
Vista-se. Use sempre camisinha", do
Programa Nacional (PN) de DST/Aids
do Ministério da Saúde, que objetiva
incentivar o uso do preservativo para prevenção à
transmissão sexual do hiv e da aids. O sexo sem
proteção, entre pessoas heterossexuais é a principal
causa da aids.
"No
Carnaval as pessoas ficam mais descontraídas e alegres,
mais disponíveis para relações interpessoais
passageiras. Portanto manter a veiculação de informações
de prevenção e a disponibilização de preservativos é
muito importante", explica a coordenadora do Programa
Municipal de DST/Aids de Campinas, Cristina Ilario.
Outros eventos
O
Programa DST/Aids da Secretaria de Saúde de Campinas
participa de outros eventos, durante o Carnaval 2007 de
Campinas, como desfiles de blocos nos distritos de
Sousas e Joaquim Egídio, além de uma apresentação do
grupo Urucungos, de danças e tradições folclóricas.
Desde o
dia 20 de janeiro, em evento que coroou o reio Momo e a
Rainha do Carnaval da Integração a equipe do Programa
Municipal de DST/Aids tem participado de eventos com uma
Unidade Móvel de Prevenção (UMP), a partir de onde
distribui insumos de prevenção, como o período de
pré-Carnaval, com comemoração em ensaios das 12 escolas
de samba da cidade.
Outras
unidades públicas de Campinas, como o
Centro de Saúde (CS) Faria Lima
e o
Centro de Saúde do Jardim Itatinga,
também realizaram atividades voltadas ao Carnaval. O CS
Faria Lima realiza desde quinta-feira e até o final da
tarde desta sexta, distribuição de material educativo e
preservativos na Rodoviária de Campinas.
O
Centro de Saúde do Jardim Itatinga realizou um desfile
do bloco "Camisinha Neles", pelas ruas do bairro
localizado à margem da Rodovia Santos Dumont (região
Sudoeste). Os
Centros de Saúde e
Distritos de Saúde
também participaram da campanha nas comunidades das 12
escolas de samba.
Em
parceria com a
Empresa Municipal de
Desenvolvimento de Campinas (Emdec)/Secretaria Municipal
de Transportes (Setransp) , o Programa de
DST/Aids confeccionou material informativo que atenta,
na mesma mídia, um leque em verde e roxo, para a
prevenção à aids (com a campanha "Vista-se") e à
educação no trânsito, com alerta para que o motorista
que beber não dirigir.
DST,
hiv e aids
Em
Campinas, o principal serviço que oferece tratamento
gratuito às pessoas que vivem com hiv/aids é o
Centro de Referência (CR) do
Programa Municipal de DST/Aids, localizado à
rua Regente Feijó, número 637, no Centro. O Centro de
Referência do PMDST/Aids funciona de segunda a
sexta-feira, das 7h às 20h (exceto aos feriados) e o
telefone da unidade é o (19) 3234 – 5000.
Para
saber mais sobre o teste de hiv e sífilis, que é
gratuito e sigiloso, a população pode informar-se
através do
Centro de Testagem e
Aconselhamento ("Coas"/CTA) do CR, e cujo
telefone é (19) 3236 – 3711. Somente a pessoa que
realiza o teste fica sabendo o resultado.
Mais
informações sobre aids e doenças sexualmente
transmissíveis podem ser obtidas gratuitamente pelo
telefone 0800 61 1997 (Disque Saúde do Ministério da
Saúde) e pelo 0800 16 2550 (Disque DST/Aids do Centro de
Referência e Treinamento DST/Aids do Estado de São
Paulo). Pela Internet, podem ser obtidas informações
pelo site
www.aids.gov.br ou
através do e-mail:
saude.aids@campinas.sp.gov.br
.
Mulheres
De
acordo com dados divulgados no dia 30 de novembro pela
Secretaria Municipal de Saúde, Campinas tem 4.763 casos
de aids notificados no município desde a década de 80. A
última análise sobre a epidemia de aids em Campinas está
no
Boletim Epidemiológico Especial
Aids, de março de 2006, da Secretaria de
Saúde.
A
epidemia se apresenta estável na cidade, com declínio
para algumas categorias - como usuários de drogas
injetáveis. Estimativas da Coordenação do Centro de
Referência do PM-DST/Aids de Campinas, com base em
projeções do Ministério da Saúde e da Organização
Mundial da Saúde (OMS) indicam que em Campinas
aproximadamente 2.000 pessoas vivem com o vírus hiv e
não sabem.
Deste
contingente, estima-se que pelo menos um terço sejam
mulheres. Uma das formas de fortalecer as ações de
prevenção à aids e outras doenças sexualmente
transmissíveis, junto à população é incentivar a
realização do teste de hiv de maneira precoce,
principalmente entre as mulheres.
Heterossexuais
Dados
epidemiológicos da Secretaria de Saúde mostram que, na
década de 80, início da epidemia de aids na cidade, a
síndrome era majoritariamente masculina. Uma relação de
40 casos de aids entre homens para cada caso entre
mulheres chegou ser registrada nos anos 80.
Segundo
o Programa DST/Aids, no entanto, essa relação mudou e
hoje a principal forma de transmissão do hiv está nas
relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha)
entre homens e mulheres heterossexuais, ou seja, homens
que relacionam-se com mulheres e mulheres que se
relacionam com homens.
E a
relação desproporcional de casos verificados
majoritariamente entre homens, nas décadas passadas, não
é mais realidade. O maior avanço da epidemia, segundo o
Boletim Epidemiológico da
Secretaria de Saúde, está entre as mulheres,
o que inclui tanto as mulheres solteiras como casadas. A
relação é praticamente de um caso de aids em homem para
cada caso em mulheres.
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Mais
informações à Imprensa:
Eli Fernandes, (19) 8115 –
4856; Assessoria de Imprensa - Centro de Referência
do Programa DST/Aids Campinas, Rua Regente Feijó,
637, Centro, Telefones: (19) 3234.5000, 3236.3711,
3232.3283, 3234.4995. De 2ª a 6ª, das 7h às 8h.