A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a
Secretaria de Infra-estrutura e Obras, Sanasa e
Distritos de Saúde , realiza nesta sábado, dia 24,
um megaoperação de combate ao mosquito Aedes
aegypti em sete bairros da Região Norte de
Campinas que fazem divisa com os municípios de
Hortolândia e Sumaré. Nestes locais foram
confirmados 67 casos de dengue este ano. A operação,
que começa às 7h30 e vai até às 13h, mobilizará mais
de 200 profissionais e 26 viaturas. Os municípios de
Hortolândia e Sumaré realizarão ação conjunta.
Até o dia 21 de fevereiro foram confirmados 225
casos de dengue em Campinas, sendo 76 autóctones e
22 importados. Deste total, 127 estão em
investigação quanto ao local onde ocorreu a
infecção. Foram confirmados outros 60 casos, cujo
atendimento ocorreu em Campinas, mas os pacientes
residem nos municípios de Hortolândia e Sumaré. No
mesmo período de 2006 foram confirmados apenas 27
casos.
A região Norte concentra o maior número de casos,
principalmente nos bairros que fazem divisa com os
municípios de Hortolândia e Sumaré e onde será
realizada a megaoperação - Vila Padre Anchieta, Nova
Aparecida, CDHU, Vila Maria Helena, Vila Padre
Josimo, Vila Francisca e Renascença. Técnicos da
saúde da Vigilância em Saúde (Visa) do Distrito
Norte avaliam que a grande quantidade de reciclados
e entulhos, além da falta de infra-estrutura básica
como água encanada, condições sanitárias precárias e
borracharias favorecem a criação do mosquito.
Para o secretário
municipal de saúde de Campinas, José Francisco Kerr
Saraiva, esses fatores, aliados à degradação
ambiental na região, contribuem para o aumento dos
casos. “Evidentemente não eliminaremos totalmente os
mosquitos, mas temos que diminuir a infestação de
dengue, e para isso necessitamos da colaboração dos
moradores em manter seus quintais livres de entulhos
ou objetos que sirvam para a procriação do
mosquito”, diz.
O secretário observa que a transmissão ocorreu
durante todo o ano de 2006, sem interrupção nos
meses de inverno. “Se não tivéssemos tomados uma
série de atitudes preventivas ao longo do ano
passado, certamente o número de casos seria maior
neste início de ano, época bastante chuvosa”, diz.
Outro que tem dificultado o trabalho dos agentes é o
grande número de casas fechadas. As autoridades
sanitárias alertam a população para deixar os
agentes de saúde, devidamente identificados com
crachás, entrarem em suas residências para fazer a
busca ativa.
Na última quinta-feira,
Saraiva, que também preside a Câmara Temática de
Saúde do Conselho de Desenvolvimento da Região
Metropolitana de Campinas (RMC), reuniu-se com
representantes da área de saúde dos 19 municípios
para definir ações em longo prazo no combate a
dengue. “Alguns municípios não registraram nenhum
caso em 2007, mas eles correm risco, pois o mosquito
não respeita divisas e a infestação pode chegar até
eles, por isso precisamos trabalhar em conjunto”,
diz.
A área de transmissão em Campinas não está limitada
apenas à região Norte. Os últimos casos confirmam a
ocorrência da doença em bairros de todos os
distritos de saúde. Durante todo ao ano de 2006
ocorreram 769 casos de dengue autóctones.
Mutirão
O ponto de encontro das equipes para o início do
mutirão no sábado é a Sub-prefeitura da Vila Padre
Anchieta, às 7h30. Em seguida, as equipes se
dirigirão para os bairros, onde farão busca ativa de
casos suspeitos, remoção dos criadouros do mosquito
Aedes aegypti e atividades de educação,
limpeza de terreno e colocação de telas em caixa de
água externas. Criadouros são recipientes que podem
acumular água, servindo assim de ambiente favorável
para a proliferação do Aedes aegypti.
Programação
Hora - 7h30 – Encontro das equipes na
sub-prefeitura da Vila Padre Anchieta
Locais - Vila Padre Anchieta, Nova Aparecida,
CDHU, Vila Maria Helena, Vila Padre Josimo, Vila
Francisca e Renascença
Fim da operação – 13 horas
Agentes de saúde – 115
Supervisores – 13
Viaturas – 26 (13 automóveis,
4 kombis, 8 caminhões e 1 pá carregadeira)
Operacional – 70 homens
Uma
equipe para a realização de sorologia no local