Jorge Massarolo
A
prevenção e o tratamento às doenças provocadas pela
disfunção da glândula tireóide é o tema principal do
Simpósio de Tireóide e Paratireóide (STeP 2007),
que será realizado no dia 03 de março no The Royal
Palm Plaza Hotel, em Campinas, com a presença de
mais de 30 médicos palestrantes de todo o Brasil. O
evento tem o apoio do Departamento de Cirurgia de
Cabeça e Pescoço da Sociedade de Medicina e Cirurgia
de Campinas (SMCC), do Hospital Municipal Dr. Mário
Gatti (HMMG), dos Departamentos de Endocrinologia da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e PUCC,
e da DIMEN Medicina Nuclear.
A
tireóide é uma glândula endócrina, em forma de
borboleta, localizada no pescoço e responsável pela
produção do hormônio tireoidiano, vital para o
metabolismo do corpo humano. Estima-se que 5 a 10%
da população desenvolva um nódulo (caroço) palpável
na tireóide durante sua vida, e mais de um terço das
mulheres podem apresentá-lo se investigadas por
ultra-som. No entanto, a minoria dos nódulos
representa câncer. O grande dilema no tratamento é a
diferenciação entre os benignos mais comuns e os
malignos menos comuns.
De
acordo com um dos organizadores do simpósio, o
cirurgião Higino Steck, médico do HMMG e membro da
ONCCAPE (Oncologia Cirúrgica de Cabeça e Pescoço),
os casos de câncer da tireóide estão mais
freqüentes, mas quando diagnosticados em tempo, com
ultra-som e biópsia de agulha, as chances de cura
superam os 95%. Muitos nódulos de tireóide
necessitam apenas de acompanhamento.
“Novas técnicas de cirurgia tem sido desenvolvidas
para os nódulos que precisam ser operados, e um dos
avanços mais recentes é a cirurgia videoassistida,
que permite incisões bem menores, com vantagem
estética e com a mesma eficácia que a cirurgia
convencional”, diz Steck. Alguns centros de medicina
no Brasil já realizam essa técnica com sucesso. Um
dos riscos comuns da cirurgia da tireóide é a
possibilidade de apresentar rouquidão temporária.
Materiais novos auxiliam a cirurgia tornando-a mais
rápida e segura.
A
tireóide causa outras doenças como o Bócio, que é o
aumento da glândula e precisa de cirurgia. “Alguns
casos podem ser tratados com medicamentos pelo
endocrinologista, como o Hipertireoidismo (aumento
dos hormônios da tireóide – é a tireóide que
emagrece), o Hipotireoidismo (diminuição dos
hormônios, muito freqüente – é a tireóide que
engorda), e a Tireoidite”, explica.
As
paratireóides são quatro glândulas pequenas
localizadas no pescoço próximas à tireóide (duas de
cada lado) e que são responsáveis pelo metabolismo
do cálcio. Podem apresentar disfunções com o
Hipoparatireoidismo, que precisa tratar com cálcio,
e Hiperparatireoidismo que pode precisar de
cirurgia. A nova técnica de cirurgia videoassistida
pode ser aplicada nestes casos.
Todos esses temas serão abordados por médicos
palestrantes durante o evento, que começa às 8h da
manhã. Mais informações e inscrições no site:
www.tireoide.net ou
pelo telefone 32368290. O número de vagas é
limitado. O acesso ao simpósio é restrito aos
profissionais que podem prescrever medicamentos.
Para os participantes haverá acreditação de pontos
nas especialidades de clínica médica,
endocrinologia, endocrinologia infantil e cirurgia
de cabeça e pescoço.