No
Centro de Saúde a mulher é acolhida e assistida por sua própria
equipe do Paidéia – Saúde da Família, que orienta, realiza
exames, inclui a grávida no grupo de gestantes e prepara-a para
o momento do parto e para os cuidados com o bebê. Trabalho é
parte do Campinas Cidade-Mãe
A cidadã
campineira Luciana Aparecida Scavassani, de 28 anos, deu à luz
uma menina nesta sexta-feira, 7 de março, na Maternidade de
Campinas. O bebê nasceu às 10h30 de parto normal. A experiência
da maternidade não é novidade para Luciana, que tem outros três
filhos. No entanto, desta vez, ela viveu uma situação
totalmente nova. Diferentemente das três vezes anteriores,
nesta sexta-feira, quando deixou a sala de parto, Luciana já
estava acompanhada e amamentava a filha recém-nascida. "Me
senti mais segura, mais tranqüila e muito emocionada",
confessa.
E, a partir de
agora, todas as gestantes de Campinas que tiverem a gravidez
assistida pelos Centros de Saúde poderão viver a mesma experiência
de Luciana. A inovação é parte do Projeto Campinas Cidade-Mãe,
da Secretaria de Saúde de Campinas, que garante o pré-natal e
o parto humanizados. O Cidade-Mãe já vem sendo implantado na
cidade há dois anos e será lançado oficialmente no próximo sábado,
às 9h, pelo Ministro da Saúde Humberto Costa.
Por meio do
Cidade-Mãe, as mulheres podem fazer o exame para detecção da
gravidez e acompanhamento da gestação e preparação para o
parto no CS (Centro de Saúde) mais próximo de sua casa. No CS,
a gestante é acolhida e assistida por sua própria equipe de saúde,
a equipe do Paidéia – Saúde da Família. Além das
consultas, exames, medicação se necessário e orientações,
ela também recebe informações nas reuniões do grupo de
gestantes sobre como cuidar do bebê, a importância da amamentação,
a anticoncepção no pós-parto, como e quando procurar o Centro
de Lactação - Banco de Leite Humano de Campinas, e demais
cuidados que deve adotar nesta fase.
A gestante
ainda é encaminhada para conhecer a maternidade onde vai dar à
luz. Dependendo do Centro de Saúde que ela freqüenta, pode ser
a Maternidade de Campinas, o Caism (Centro de Atenção Integral
à Saúde da Mulher) ou a maternidade do Hospital Celso Pierro.
E, a partir
deste mês de março, a Secretaria de Saúde avança ainda mais
na humanização do parto, já que ao dar à luz, a mulher poderá
estar acompanhada do seu companheiro ou de alguma outra pessoa
de sua confiança.
A Maternidade
de Campinas, um dos hospitais conveniados à Secretaria
Municipal de Saúde, oferece palestras para as gestantes e seus
acompanhantes onde eles podem conversar sobre as questões da
gestação e entender melhor os procedimentos do parto.
"É
importante que a pessoa que vá acompanhar a gestante, seja o
pai do bebê ou outra pessoa de sua confiança, entenda
previamente o que é o trabalho de parto e como funciona a sala
obstétrica", explica o diretor da Maternidade de Campinas,
Carlos Alberto Politano.
O médico
Marcos Miele, ginecologista-obstetra da Maternidade, diz que o
pré-natal e o parto humanizados, embora mudem pouco o ato técnico
do parto, contribuem e muito para que o bebê nasça em boas
condições. "E também é um estímulo para que a mamãe
se recupere mais rápido", afirma, elogiando a iniciativa
da Secretaria de Saúde de Campinas.
Para a médica
da Secretaria de Saúde, Verônica Gomes Alencar, coordenadora
da Saúde da Mulher, o Cidade-Mãe é uma das conquistas mais
importantes das mulheres de Campinas nos últimos anos. De
acordo com ela, a assistência à gestante desde o início da
gravidez e a presença do companheiro no momento do parto
proporciona mais segurança à mulher e possibilita que o
trabalho de parto evolua da forma mais natural possível.
"O parto
é um momento especial na vida das mulheres e da sua família.
É muito doloroso afastá-las da família neste momento",
diz Verônica, parabenizando as mulheres de Campinas, a
Secretaria de Saúde e Governo Popular e Democrático pela
conquista.