Projeto
garante que gestantes sejam bem cuidadas tanto com relação à
saúde, quanto como mulheres e como cidadãs
A Secretaria
Municipal de Saúde lança oficialmente neste sábado, 15 de março,
o projeto Campinas Cidade-Mãe. Parte deste projeto já vem
sendo colocada em prática há dois anos no município e promove
a humanização do pré-natal e do parto. Dados da Secretaria
mostram que, neste período, já houve avanços. As gestantes
agora chegam aos serviços antes do primeiro trimestre de
gravidez e o município reduziu pela metade a mortalidade
materna – quando a mulher morre durante o parto ou logo após
dar à luz. Em 2001, houve 12 mortes. No ano passado, foram
seis.
A cerimônia de
lançamento do Cidade-Mãe ocorre às 10h30 de amanhã, na
Maternidade de Campinas, com presença da prefeita Izalene Tiene
e da secretária municipal de saúde Maria do Carmo Cabral
Carpintéro. O médico sanitarista Gastão Wagner de Sousa
Campos, secretário nacional de saúde, também participa
representando o Ministro da Saúde Humberto Costa.
O objetivo do
Campinas Cidade-Mãe é garantir que a gestante seja bem
assistida tecnicamente para que o nascimento ocorra em condições
normais, seguras. É proteger a saúde das mulheres e das crianças
que vão nascer. E, além de assegurar que as gestantes sejam
bem tratadas tecnicamente, o Cidade-Mãe garante que elas sejam
acolhidas também como mulheres e como cidadãs.
A coordenadora
da saúde da mulher em Campinas, a médica
ginecologista-obstetra Verônica Gomes Alencar, explica que a
atenção adequada às gestantes tem início já no Centro de Saúde
mais próximo da casa da mulher. Lá, diz Verônica, a gestante
é acolhida e pode fazer o exame rápido de detecção da
gravidez.
A partir daí,
ela é cadastrada no serviço de saúde do município e passa o
mais rápido possível pela consulta com o
ginecologista-obstetra. Ao longo da gestação, a mulher ainda
passa por, pelo menos, seis consultas. Os profissionais médicos
ou de enfermagem dos Centros de Saúde também estão preparados
para detectar e dispensar atenção à gestação de risco e aos
agravos que possam ocorrer durante a gravidez.
Segundo Verônica,
a gestante recebe, se necessário, vacinação anti-tetânica e
outros cuidados. Passa por exames laboratoriais de rotina e faz,
pelo menos, uma ultrassonografia obstétrica. Ela também é
orientada nas reuniões do grupo de gestantes sobre como cuidar
do bebê, a importância da amamentação, a anticoncepção no
pós-parto, como e quando procurar o Centro de Lactação -
Banco de Leite Humano de Campinas, e demais cuidados que deve
adotar nesta fase.
A gestante também
é encaminhada para conhecer a maternidade onde vai dar à luz.
Dependendo do Centro de Saúde que ela freqüenta, pode ser a
Maternidade de Campinas, o Caism (Centro de Atenção Integral
à Saúde da Mulher) ou a maternidade do Hospital Celso Pierro.
E, a partir de agora, no momento do parto, a mulher poderá
estar acompanhada do seu companheiro ou de alguma outra pessoa
de sua confiança. Além disso, as visitas do pai estão podem
ser feitas a qualquer horário em qualquer dia.
De acordo com a
secretária municipal de saúde, Maria do Carmo Cabral Carpintéro,
o Cidade-Mãe recupera o "humano" que o momento do
nascimento nunca deveria ter perdido. "O programa garante o
direito ao parto seguro e humanizado e recupera o que existe de
mais especial neste momento tão importante da vida da mulher e
da sua família", diz Maria do Carmo.
O Campinas
Cidade-Mãe é desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde
e tem apoio da Maternidade de Campinas e das maternidades do
Hospital Celso Pierro e do Caism (Centro de Atenção Integral
à Saúde da Mulher).