Objetivo
é sensibilizar as pessoas para que mantenham o ambiente livre
dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor
do vírus da dengue
Com uma série
de ações concentradas na ocupação do Jardim do Lago 2, área
do Centro de Saúde São José, região Sul e Campinas, a
Prefeitura de Campinas reforça a atenção para evitar o
aumento dos casos de dengue na cidade. No local, foram
confirmados cinco casos autóctones (quando a pessoa infectada
onde mora no local da contaminação) da doença. Em todo município,
desde janeiro, foram registrados 220 casos.
Agentes comunitários
e outros profissionais do Centro de Saúde São José, entre
outras providências, promovem ações de conscientização com
a população. De acordo com o biólogo Daniel de Freitas,
coordenador da Visa Sul (Vigilância em Saúde), a idéia é
sensibilizar as pessoas para que mantenham o ambiente livre dos
possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti,
transmissor do vírus da dengue.
"As
equipes ainda estão desenvolvendo ações de limpeza em
quintais e terrenos baldios durante toda semana. No sábado, 29,
faremos desinsetização", diz Daniel. Ele explica que é
necessário fazer um trabalho prévio com a população por
causa dos riscos da aplicação do veneno.
Na área do
Centro de Saúde Figueira, também na região Sul, as equipes
promovem arrastões para eliminação dos criadouros, a partir
de quinta-feira. Junto com a limpeza, são desenvolvidas ações
educativas e é feita busca de casos suspeitos. No local, foram
registrados três casos autóctones de dengue. A área também
será desinsetizada.
Ainda na área
do São José, as equipes continuam com a colocação de telas
em caixas d’água. O objetivo é impedir o acesso da fêmea do
mosquito da dengue e, desta maneira, evitar que o inseto
deposite seus ovos nos recipientes.
Conforme
explica o coordenador, na área da Vila Industrial, a Prefeitura
conseguiu, depois de muito trabalho, conter a proliferação da
doença. O bairro já está há mais de trinta dias sem
registrar casos. No entanto, na Vila Teixeira, que fica ao lado,
já foram registrados dois casos autóctones da doença. Por
isso, as equipes estão diariamente nas ruas do bairro com
atividades de limpeza, busca de casos e ações educativas.
A Secretaria de
Saúde promove ações contra a dengue também na área do Balão
do Laranja, região Noroeste, nesta terça-feira, 25. Amanhã,
quarta-feira 26, as atividades de remoção de criadouros do
mosquito ocorrem na área do Centro de Saúde Santa Mônica,
região Norte. Na quinta, as ações estarão sendo
desenvolvidas no Tancredão, região Sudoeste. E, na
sexta-feira, 28, as equipes se concentram na área do Centro de
Saúde São José, região Sul.
Campinas já
contabiliza, desde janeiro, 220 casos de dengue, sendo 177 autóctones,
41 importados e dois que ainda estão em investigação. Em
2002, no mesmo período, a cidade já havia registrado 700
casos. Uma redução de mais de 68%.
De qualquer
forma, a Prefeitura alerta que só com a participação da
sociedade será possível manter a doença sob controle.
Levantamento recente da Secretaria de Saúde mostra que o
mosquito da dengue muitas vezes se desenvolve no próprio
quintal das pessoas, nas vasilhas com água parada.
O estudo aponta
que na região Norte, na área do Centro de Saúde Aurélia, a
cada cem casas, pelo menos nove têm focos da doença – contêm
larvas.
E ainda mostra
que mais de 80% dos criadouros disponíveis para o mosquito estão
nas casas e quintais. São lotes sem capinar, cheios de sucatas,
pratos de vasos de planta, latas, garrafas, potes, pneus e
reservatórios de água entre outros.
Os sintomas da
dengue são febre, dor de cabeça e no corpo e fraqueza. Também
podem surgir manchas pelo corpo. Ao apresentar algum destes
sinais, a pessoa deve procurar o Centro de Saúde.