Associações reúnem-se para discutir epilepsia

28/03/2003

Grupos e associações de pacientes com epilepsia se encontram nestes sábado, 29 de março, no Auditório 1 da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), das 9h às 17h. A abertura do evento será feita pela Secretária de Saúde de Campinas, Maria do Carmo Cabral Carpintéro.

A idéia é implementar uma política de saúde específica para este público. Por isso, de acordo com Ana Lúcia Noronha, neurologista da ASPE (Assistência à Saúde dos Pacientes com Epilepsia), o evento estará reunindo estas entidades e pacientes. "A idéia é que sejam apontadas quais são as necessidades e principais desafios deste público e, assim, ampliar a assistência às pessoas acometidas pela epilepsia e a seus familiares", diz.

De acordo com a neurologista Ana Lúcia, grande parte das pessoas com epilepsia desconhece ter a condição e entre 60% a 90% delas não recebem tratamento. A falta do tratamento leva o cidadão a crises e, conseqüentemente, a uma péssima qualidade de vida. "Além disso, existe um impacto sócio-econômico grande porque estas pessoas não vão à escola, não trabalham ou exercem subempregos", diz a pesquisadora.

Ela lembra que o tratamento eficaz para epilepsia existe há mais de 100 anos. E ressalta que, embora não haja cura, as crises podem ser controladas e a qualidade de vida de seus portadores pode melhorar muito com a intervenção adequada.

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