Grupos e associações
de pacientes com epilepsia se encontram nestes sábado, 29 de
março, no Auditório 1 da Faculdade de Ciências Médicas da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), das 9h às 17h. A
abertura do evento será feita pela Secretária de Saúde de
Campinas, Maria do Carmo Cabral Carpintéro.
A idéia é
implementar uma política de saúde específica para este público.
Por isso, de acordo com Ana Lúcia Noronha, neurologista da ASPE
(Assistência à Saúde dos Pacientes com Epilepsia), o evento
estará reunindo estas entidades e pacientes. "A idéia é
que sejam apontadas quais são as necessidades e principais
desafios deste público e, assim, ampliar a assistência às
pessoas acometidas pela epilepsia e a seus familiares",
diz.
De acordo com a
neurologista Ana Lúcia, grande parte das pessoas com epilepsia
desconhece ter a condição e entre 60% a 90% delas não recebem
tratamento. A falta do tratamento leva o cidadão a crises e, conseqüentemente,
a uma péssima qualidade de vida. "Além disso, existe um
impacto sócio-econômico grande porque estas pessoas não vão
à escola, não trabalham ou exercem subempregos", diz a
pesquisadora.
Ela lembra que
o tratamento eficaz para epilepsia existe há mais de 100 anos.
E ressalta que, embora não haja cura, as crises podem ser
controladas e a qualidade de vida de seus portadores pode
melhorar muito com a intervenção adequada.