Vigilância Sudoeste promove capacitação sobre DSTs para pessoal da atenção básica

25/03/2004

Denize Assis

A Vigilância em Saúde (Visa) Sudoeste promove na tarde desta quinta-feira, 25 de março, a 1a Oficina de Sensibilização e Atualização em Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) para médicos generalistas, ginecologistas e enfermeiros que atuam nos Centros de Saúde da região. O objetivo é capacitar os profissionais para, assim, consolidar uma rede competente de diagnóstico e tratamento.

"O treinamento contempla também a medida implantada por Campinas, em dezembro de 2003, que tornou de notificação todas as doenças adquiridas por meio de relação sexual, como sífilis, herpes genital e condiloma acuminado, entre outras", diz a bióloga Ellen Fagundes Telli, coordenadora da Visa Sudoeste. Até então, a única DST registrada pela Vigilância Epidemiológica Municipal era a Aids, doença que é de notificação compulsória em todo País. De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil tem 12 milhões de casos novos de DSTs curáveis por ano.

Ellen avalia que a notificação obrigatória das DSTs é um grande avanço já que, a partir do momento em que as equipes de saúde passam a informar a Vigilância Epidemiológica sobre as ocorrências, é possível conhecer melhor o perfil da população mais atingida, como faixa etária, sexo e local de maior incidência na cidade.

"E, com base nestas informações, o município pode melhorar os programas de controle e prevenção das DSTs com serviços mais resolutivos, profissionais mais preparados para o acolhimento e aconselhamento dos pacientes e a oferta contínua de medicamentos e preservativos", afirma.

Uma segunda oficina acontece no dia 30 de março, na Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), a partir das 8h, também para profissionais que atuam na rede básica de Saúde na região Sudoeste. A capacitação foi dividida em duas turmas por causa do grande número de profissionais.

De acordo com Ellen, num segundo momento, as informações apreendidas nas oficinas serão reproduzidas, pelo pessoal que passou pelo treinamento, para auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde.

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