Denize Assis
A Secretaria
de Saúde de Campinas confirmou nesta quarta-feira, dia 2 de
março, mais dois casos de dengue na cidade, no São Bernardo
(Região Sul) e na Vila Santa Izabel (Região Norte). As duas
ocorrências referem-se a moradores que contraíram a doença
em outros município, portanto são classificadas como casos
importados.
Com isto,
este ano, já são onze as notificações confirmadas de
dengue em Campinas, duas delas autóctones – quando a pessoa
é infectada na cidade onde reside. Do total de casos, cinco são
da Região Sudoeste Sudoeste, três da Norte, dois da Noroeste
e um da Sul. Todos os pacientes foram tratados e acompanhados
e passam bem.
Para evitar
novos casos decorrentes destas duas notificações, as equipes
da Vigilância em Saúde (Visa) promoveram, nesta quarta,
tanto na Vila Izabel como no São Bernardo, busca de outras
pessoas com sintomas, atividades de orientação para a população
e inviabilização de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Durante as ações, foram identificados outros moradores com
sinais semelhantes aos da dengue. Todos foram encaminhados
para os respectivos Centros de Saúde.
A Secretaria
de Saúde informa que, embora os dois moradores tenham
sido infectados fora de Campinas, eles chegaram na cidade no
período de transmissão ou seja na fase da doença em que, se
tiverem sido picados pelo Aedes aegypti, podem
transmitir o vírus. E este mosquito, após um período de oito
a 12 dias, ao picar outra pessoa transmite a doença.
"Por isso, todos os casos importados precisam ser
identificados rapidamente e as ações de controle sanitário
e ambiental imediatamente desencadeadas", diz o biólogo
Ovando Provatti, da Visa Norte.
O biólogo
afirma que, nas ações casa a casa, as equipes de saúde têm
identificado uma disponibilidade grande de criadouros –
qualquer recipiente que acumule água. Soma-se a isto, as
condições do clima – quente e chuvoso – e os mosquitos
encontram as condições propícias para se proliferar.
Outro fator
importante que tem que ser considerado, segundo Ovando, é o
de que a cidade está recebendo um grande número de pessoas
que viajaram no período de férias ou que estão chegando
para aulas nas universidades de locais do Brasil onde está
ocorrendo transmissão de dengue. "Se alguém chegar
doente e for picado, desencadeia-se uma nova transmissão",
informa.
Por isto, a
orientação da Secretaria de Saúde é para que cada morador
cuide do seu quintal, da sua rua, do seu bairro e da sua
comunidade no sentido de eliminar criadouros ou colocá-los em
locais livres da chuva. "São medidas como ajustar pratos
aos vasos, manter garrafas de cabeça para baixo, pneus
cobertos, lixos e cisternas tampados e a caixa d’água limpa
e bem vedada. Os resíduos devem ser sempre dispostos
corretamente", afirma.
E a orientação
vale também para donos de comércio, igrejas, escolas.
"As comunidades precisam se unir contra a dengue",
completa Ovando. Os sintomas da dengue são febre, dor de cabeça
e no corpo e fraqueza. Também podem surgir manchas na pele.
Ao apresentar algum destes sinais, a pessoa deve procurar
rapidamente o Centro de Saúde. Outra recomendação é que não
sejam tomados medicamentos à base de ácido acetilsalicílico.