A Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória
do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da
Secretaria Estadual de Saúde, enviou um alerta esta
semana para todas as regionais de saúde do Estado
prevenindo-as contra a possível importação do vírus
do sarampo.
O alerta tem como base o registro de pelo menos três
casos ocorridos recentemente na Venezuela,
possivelmente
relacionados à importação do vírus da Espanha. O
caso teria ocorrido em um funcionário de empresa aérea,
que retornou de férias da Europa com a doença e foi
internado em clínica particular. As medidas de
controle foram desencadeadas pelo Ministério da Saúde
da Venezuela.
O sarampo é uma doença viral aguda, altamente
contagiosa e de distribuição mundial. Os principais
sintomas são: febre alta, exantema generalizado, mal
estar geral, coriza, conjuntivite e tosse com
expectoração. A doença pode evoluir para complicações
como a broncopneumonia e outras que muitas vezes podem
ser fatais, principalmente em crianças desnutridas.
Não há registro de casos autóctones de sarampo
no Brasil desde o ano 2000. Em Campinas, o último
caso registrado foi em 1999. No entanto, nos últimos
cinco anos houve dez notificações da doença, quatro
delas em pessoas residentes no estado de São Paulo e
seis em pessoas que estiveram em trânsito no estado.
Todos os casos foram relacionados à importação
do vírus. Os doentes não eram vacinados e contraíram
o sarampo em outros países, onde o sarampo continua
como uma doença endêmica ou epidêmica, ou foram
infectados por pessoas que haviam viajado ao exterior.
"Como temos um grande fluxo de pessoas de
outros países que visitam Campinas a trabalho ou a
passeio e ao mesmo tempo também temos um grande número
de pessoas que viaja ao exterior, é importante que
todos os profissionais de saúde, principalmente da
rede privada, estejam atentos e comuniquem
imediatamente a Secretaria de Saúde para evitar novos
casos", diz Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância
Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Campinas.
Tríplice
A vacina tríplice viral (SCR- contra sarampo,
caxumba e rubéola) é a medida de prevenção mais
eficaz contra o sarampo. No calendário estadual de
vacinação de rotina a primeira dose deve ser
administrada a toda criança de um ano de idade e uma
segunda dose de cinco a seis anos de idade.
A vacina SCR também é recomendada às pessoas que
viajam ao exterior, profissionais que atuam no setor
de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis
e restaurantes, e outros que mantenham contato com
viajantes internacionais, além dos profissionais da
saúde, que atenderão os possíveis casos.
Jorge
Massarolo
Assessor de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde
(19) 2116-0176 / 8137-8565