Funcionários da Secretaria
Municipal de Saúde e da Setec iniciam na próxima quinta-feira a operação Cemitério sem mosquito nos
cemitérios da Saudade e Santo Antônio, localizados no bairro Santa Odila. A
ação tem como objetivo inviabilizar definitivamente os criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor
do vírus da dengue. Os dois locais têm cerca de 120 mil vasos, que se
transformam em potenciais criadouros devido ao acúmulo de água.
Nos primeiros três meses
deste ano, agentes da Secretaria da Saúde têm detectado nestes recipientes
larvas do mosquito da dengue. E, apesar das inúmeras intervenções para o
controle do Aedes aegypti
realizadas pelas equipes da Secretaria, os resultados têm apresentado baixo
impacto para a diminuição do risco existente.
Por isso, a Prefeitura está adotando uma medida que
prevê a confecção de furos nos vasos e floreiras dos dois cemitérios.
"Os furos possibilitarão o escoamento da água e, portanto,
inviabilizarão os criadouros. É importante que a comunidade se conscientize
da importância desta ação e colabore não repondo e eliminando os criadouros
existentes nos cemitérios", diz Carlos Eduardo Cantúsio Abrahão,
médico sanitarista da Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental
(CoViSA).
Abrahão explica que os servidores que vão trabalhar na
operação serão devidamente treinados para a atividade. "Contamos com o
apoio e a compreensão dos cidadãos para a atividade que respeita a
integridade ornamental e apresenta uma solução para o que representa risco
para a saúde pública", afirma.
Em 15 de março, o prefeito de
Campinas, Antônio da Costa Santos, assinou decreto 13.576 estabelecendo que
vasos utilizados em cemitérios públicos ou particulares não devem reter
água. A medida ainda estabeleceu prazo de 15 dias para que os responsáveis
pelos túmulos e jazigos providenciassem a retirada dos vasos ou utilizassem
meios eficazes para evitar o acúmulo de água nestes recipientes. Por fim, o
decreto estabeleceu que, caso o responsável não tomasse as devidas
providências, a Setec ficaria autorizada a furar os vasos ou a utilizar
quaisquer métodos eficientes que permitam o escoamento da água.
Campinas
acumula 260 casos - Resultados de exames do Instituto Adolfo Lutz
confirmaram mais 34 casos de dengue em moradores de Campinas. Com isso, o
número de casos acumulados desde janeiro na cidade sobe para 260. Deste
total, 190 são autóctones - contraídos no próprio município -, 50 são
importados e 20 ainda estão em investigação.
A região com o maior número
de casos autóctones é a Sul, onde já foram confirmadas 72 ocorrências,
sendo 56 autóctones. Em seguida vem a região Norte, com 58 casos - 36
autóctones -, e a Sudoeste, com 57 casos - 43 autóctones. Na região Leste
há 52 casos - 40 autóctones - e na Noroeste há 21 - 15 autóctones. O
coeficiente de incidência por 100 mil habitantes é de 19,47 - isto levando
em conta somente casos autóctones. A predominância dos casos é nos adultos
jovens e ambos os sexos. Os casos importados são originários principalmente
da Bahia, Minas Gerais e Pará.
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