Tradição
e Saúde é o tema do evento, que acontece de segunda-feira a
quarta-feira. Saúde lança a Botica da Família, que permitirá
ao município garantir o cultivo de plantas e a produção e
fornecimento de medicamentos
A Prefeitura
de Campinas promove de 14 a 16 de abril a 1a Semana Municipal
de Fitoterapia – Tradição e Saúde. O objetivo é divulgar
os fitoterápicos – medicamentos à base de plantas
medicinais – para as equipes de saúde e para a população.
Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde já disponibiliza
12 medicamentos extraídos de plantas nas suas unidades. E a
idéia é ampliar este número.
A abertura da
semana acontece na segunda-feira, às 13h30, no Salão
Vermelho da Prefeitura, avenida Anchieta, 200. Além das
palestras, a evento terá apresentação de corais e danças e
exposição de ikebana e plantas medicinais.
A médica Eloísa
Cavassani Pimentel, responsável pela Fitoterapia em Campinas,
diz que, além de divulgar a fitomedicina, a Secretaria de Saúde
pretende informar e sensibilizar profissionais e cidadãos
quanto ao valor preventivo e terapêutico da fitoterapia.
"Ampliar
a fitomedicina na rede pública faz parte do programa de saúde
Paidéia, que também tem como diretriz oferecer mais
possibilidades para a população e estimular o
auto-cuidado", diz.
Durante a
semana, a Secretaria de Saúde lança a Botica da Família,
uma farmácia que tem como objetivo garantir fornecimento contínuo
e qualidade em todo processo de elaboração dos fitoterápicos.
Para garantir o abastecimento das espécies, a Prefeitura
estabeleceu parceria com o Serviço de Saúde Cândido
Ferreira. Os usuários do serviço, por meio das oficinas agrícolas,
vão plantar e fornecer as plantas medicinais para a Botica.
Na
segunda-feira, 14, o evento contará com a presença de Kaká
Werá Jecupé, do Instituto Arapoty, em Itapecerica da Serra.
Ele fará uma palestra sobre as Plantas Medicinais na
Aldeia do Saber.
Na terça-feira,
15, a enfermeira pediatra Anne Lima, da Escola Wardolf Rudolf
Steiner, vai falar sobre As terapias externas na abordagem
da medicina antroposófica. O agrônomo Walter Raamés
Accorsi, professor da Esalq, vai fazer uma palestra sobre sua
experiência com 70 anos de vivência com plantas
medicinais.
Na
quarta-feira, 16, o técnico agrícola Valdemar Antônio
Pulito, do Cândido Ferreira, faz palestra com o tema Cultivo
orgânico de plantas medicinais: uma inclusão social. A
psicóloga Cláudia Azevedo fala sobre O jardim como
ambiente terapêutico: a experiência do projeto Plantando
Sonhos.
Ainda na
quarta, haverá palestra da Irmã Maria Marli Simões, sobre recursos
naturais para a saúde. A fitoterapia na clínica médica
será abordada por Luís Antônio Batista da Costa, médico
especialista em fitoterapia. A socióloga Eliana Rodrigues
fala sobre O uso de plantas medicinais em comunidades
tradicionais. E a última palestra será com o agrônomo
Lin Chau Ming, da Unesp, que vai abordar o tema Etnobotânica
de plantas medicinais.
Maiores
informações sobre a Semana de Fitoterapia podem ser obtidas
na Secretaria Municipal de Saúde, no 11º andar da
Prefeitura, com Eloísa Pimentel, ou pelo endereço praticascomplementares@campinas.sp.gov.br
e também no portal da Prefeitura www.campinas.sp.gov.br
ou no portal da Secretaria de Saúde www.campinas.sp.gov.br/saude.
O evento é gratuito e dispensa inscrição prévia. As
palestras ocorrem no Salão Vermelho da Prefeitura e as
apresentações culturais no saguão do Paço.
A organização
do evento é da Secretaria Municipal de Saúde, Serviço de Saúde
Cândido Ferreira, CPQBA-Unicamp, IAC (Instituto Agronômico
de Campinas) e Puccamp (Pontifícia Universidade Católica de
Campinas). A Semana também tem parceria da Ceasa (Centrais de
Abastecimento) de Campinas, do Departamento de Parques e
Jardins e das Secretarias Municipais de Educação, Assistência,
Cultura e Esportes e Turismo. Colaboraram a ONG (Organização
não Governamental) Ideais, Unipaz, Comissão Arquidiocesana
de Pastoral da Saúde, Cati, Instituto Babá Toloji e o
Gabinete da vereadora Teresinha.
Uso milenar
- A utilização de plantas medicinais para prevenção e
tratamento de doenças é milenar. Há registros da
fitoterapia 60 mil anos atrás. Outros países, como a
Alemanha, equiparam esses medicamentos aos alopatas. No
Brasil, o Ministério da Saúde acaba de publicar uma resolução
para que os fitoterápicos ganhem mais segurança e maior
credibilidade.
A resolução,
da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),
define as categorias de fitoterápicos e tem como objetivo
garantir qualidade científica aos remédios extraídos das
plantas. A resolução também amplia de 13 para 30 o número
de plantas consideradas de uso medicinal.