Campinas sedia simpósio sobre doenças febris exantemáticas 

17/04/2003

Médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde de nível superior das redes pública e privada ainda podem se inscrever para o Simpósio de atualização científica em doença febril exantemática. Trata-se das doenças com quadro de febre e manchas na pele, como sarampo, rubéola, febre maculosa e dengue, entre outras.

O evento ocorre na próxima quinta-feira, 24 de abril, das 8h às 12h, no The Royal Palm Plaza Hotel Resort, avenida Royal Palm Plaza, 277, jardim Nova Califórnia. As inscrições, gratuitas, devem ser feitas com antecedência pelos telefones 19 3231 4620, 19 3735 0233, 19 3735 0277 ou pela internet por meio do endereço www.campinas.sp.gov.br/saude.

O simpósio é o pontapé inicial para um projeto com envolvimento de organizações internacionais, como o Centro de Controle de Doenças dos EUA e a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), para a vigilância da doença febril exantemática.

Campinas é o município escolhido para sediar o simpósio e para a execução do projeto. Não se tem registro na literatura científica de um estudo como esse. Assim, trata-se de um projeto pioneiro, em que os resultados terão repercussão para o Plano Mundial de Erradicação do Sarampo.

A cidade foi escolhida por contar com uma população bastante grande, uma boa rede de serviços saúde públicos e privados e um sistema de vigilância epidemiológica atuante. Campinas é o município brasileiro que mais notifica casos de doença febril exantemática. Isto significa que o sistema de saúde está ativo, sensível para suspeitar e investigar os casos.

No caso da dengue, que é uma doença febril exantemática, em 2003, para cada caso confirmado, o município examinou outras oito pessoas. Isto é um recorde. Metade dos casos foram identificados em casa, por meio do Programa de Saúde Paidéia. Esta maneira de trabalhar faz com que as ocorrências sejam diagnosticadas e tratadas bem no começo, o que evita o agravamento dos casos.

Também foram consideradas para a escolha de Campinas as questões logísticas e financeiras.

O simpósio está sendo organizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e tem patrocínio da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e da Unimed-Campinas. A organização é de responsabilidade da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, da Secretaria de Saúde de Campinas e do Cealag (Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão). O simpósio ainda tem apoio da Puc-Campinas, HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp e SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas).

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