Denize Assis
A Prefeitura
de Campinas começou a produzir, a partir desta segunda-feira,
12 de abril, próteses dentárias para usuários da rede
municipal de saúde. A medida atende a uma das indicações
apontadas no Orçamento Participativo (OP) de 2003.
Inicialmente,
os Centros de Saúde Costa e Silva e Florence e um serviço
instalado no Departamento de Transportes Internos (Deti) vão
servir como referência para as regiões Leste, Noroeste e
Sul, respectivamente. Os pacientes destas regiões serão
encaminhados pelos seus centros de saúde para estas unidades.
Os distritos de saúde Norte e Sudoeste vão se organizar para
num prazo de até 40 dias oferecer esta opção para a população
pela qual se responsabilizam. A meta é oferecer mil peças
por ano.
"Serão
fabricadas próteses totais (dentaduras) superiores e
inferiores e próteses removíveis (pontes), sem grampo,
apenas para a arcada inferior. Também trabalhamos com a
possibilidade dos recursos serem ampliados", diz o
dentista Isamu Murakami, coordenador municipal da área de saúde
bucal.
Segundo Isamu,
as próteses serão destinadas preferencialmente para idosos.
Porém pessoas de outras faixas etárias que tenham risco
social e/ou biológico por serem desdentadas ou por usarem próteses
mal adaptadas poderão ser encaminhadas para a referência
para receber as próteses. "Pacientes que estejam
inseridos em algum projeto terapêutico também terão preferência",
diz.
De acordo com
levantamento da Secretaria de Saúde, de 2002, 58% da população
de Campinas com mais de 65 anos utilizam próteses na arcada
superior e 33% na arcada inferior. Também há uma demanda
reprimida de 33% da população nesta faixa etária que
necessita de prótese superior e de 41% que precisa de prótese
inferior.