A
Prefeitura Municipal de Campinas, por intermédio da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lança nesta
segunda-feira, dia 24 de abril, a 8 ª Campanha Nacional
de Vacinação do Idoso contra a gripe. O evento será
realizado no Centro de Saúde Faria Lima e contará com
a presença do Secretário de Saúde, José Francisco
Kerr Saraiva, da diretora de Vigilância em Saúde,
Salma Balista, além de autoridades e profissionais da
saúde.
A
meta este ano é vacinar cerca de 70,8 mil pessoas, número
que representa 70% da população campineira na faixa etária
acima de 60 anos, constituída por 101.151 mil
habitantes. Também serão aplicadas doses contra
difteria e tétano (dupla adulto) em adultos não
vacinados. A vacina contra pneumonia (anti-pneumocócica)
é oferecida em casos específicos.
À
tarde, o lançamento será reforçado com a presença do
Vovô e da Vovó Gotinha, os dois personagens que
ilustram a campanha da vacinação. Às 14 horas, eles
participarão do tradicional baile dos idosos no Clube
Movimento Tempo – Clube da 3ª Idade, na Vila Teixeira
(Rua Cadete João Teixeira, 550).
As
doses da vacina contra o vírus influenza, causador da
gripe, estarão disponíveis nos 47 centros de saúde e
14 módulos de saúde da família espalhados em todas as
regiões da cidade, até o dia 5 de maio. No sábado, 29
de abril, dia da mobilização nacional, estas unidades
atenderão das 8h às 17h. A Prefeitura vai colocar o
telefone 156 à disposição para informações sobre os
locais de vacinação. Os idosos devem levar a carteira
de vacinas. Aqueles que ainda não possuem o documento
receberão uma caderneta na campanha.
A
Secretaria de Saúde solicitou 100 mil doses para
Campinas. Em 2005, a campanha foi considerada um
sucesso, com 75% (5% acima da meta) da população idosa
vacinada. "A expectativa para este ano é repetir
ou até melhorar este índice", diz a enfermeira
sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância
Epidemiológica da SMS,.
Um
dos motivos é a parceria firmada com o Conselho
Municipal dos Idosos, que vai colaborar na divulgação
da campanha junto às cerca de 150 entidades
cadastradas, sendo que 14 trabalham especificamente com
idosos.
Para
a presidente do Conselho, Noêmia Rodrigues de Oliveira,
a participação a campanha é de grande importância.
"Está dentro das nossas diretrizes de estimular a
prevenção", diz. Segunda ela, a vacina é
fundamental na saúde do idoso, pois contribui para a
melhoria do sistema imunológico, evitando doenças e
prolongando o tempo de vida.
Durante
a campanha, profissionais de saúde também vacinarão
idosos em casas de repouso. No caso dos acamados, os
familiares devem solicitar às respectivas equipes de Saúde
da Família que a vacina seja feita no próprio domicílio.
Além
dos idosos, também serão vacinados grupos
populacionais considerados de maior risco, como
portadores de doenças cardiovasculares, pulmonares,
renais, metabólicas (diabetes mellitus) e hepáticas.
De
acordo com Brigina, a vacina não provoca gripe ou
qualquer outra doença. Ela ressalta que mesmo as
pessoas que já foram vacinadas contra gripe em anos
anteriores devem repetir a dose porque, a cada ano, a
vacina tem uma composição diferente para proteger
contra as novas cepas do vírus.
"A
pessoa vacinada corre menos risco de desenvolver quadros
graves de gripe, que requerem internação hospitalar e
podem evoluir para pneumonia e outras complicações que
levam à morte", diz. Segundo ela, os maiores de 60
anos são mais vulneráveis a esses quadros graves e é
por isso que o Ministério da Saúde realiza, desde
1999, campanhas anuais de vacinação dirigidas aos
idosos. Em Campinas, a campanha foi instituída em 1998.
O
Brasil é um dos poucos países que têm oferecido
gratuitamente a vacina para maiores de 60 anos. Países
do mesmo nível socio-econômico conseguem implementar
esse sistema. Além do Brasil, Argentina, Canadá,
Chile, Cuba, Estados Unidos, México e Uruguai são os
países americanos que promovem a vacinação anual de
idosos contra o vírus influenza.
Saiba
mais:
Gripe
e resfriado não são a mesma coisa
A
gripe é uma doença muito contagiosa, causada pelo vírus
influenza e transmitida de pessoa a pessoa pelo ar. Em
geral, a gripe provoca febre alta, dor de garganta,
tosse, dores no corpo e na cabeça, fraqueza, mal-estar,
e pode evoluir para doenças mais graves, como
pneumonia. Já o resfriado é causado por diferentes vírus.
Seus sintomas são parecidos e podem ser confundidos com
os da gripe. Porém, sintomas do resfriado são mais
fracos e de curta duração. Normalmente, o resfriado
provoca coriza, dor de garganta leve e, às vezes,
febre.
A
vacina raramente provoca reação
A
vacina nunca provoca gripe. Quando alguém fica gripado
dias após ter sido vacinado, é porque já estava
contaminado pelo vírus da gripe e não houve tempo
suficiente para a ação da vacina. Ainda assim, quando
isso acontece, os sintomas da gripe são mais fracos.
Algumas pessoas podem apresentar dor leve e pequena
vermelhidão no local de aplicação. Em raras ocasiões,
podem ocorrer febre baixa, mal-estar e dor no corpo, mas
esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas.
A
vacina protege também contra outros problemas de saúde
As
pessoas portadoras de doenças pulmonares, doenças do
coração e dos vasos sangüíneos são ainda mais
beneficiadas, pois a vacina diminui as complicações e
o número de mortes provocadas por estas doenças.
Todos
os homens e mulheres com 60 anos ou mais devem tomar a
vacina
Principalmente
aqueles que são cardíacos, asmáticos, diabéticos,
hipertensos, que têm insuficiência renal ou hepática,
portadores sintomáticos ou assintomáticos do vírus
HIV ou com outro estado associado a baixa imunidade
devem tomar a vacina contra a gripe.
A
vacina faz efeito após duas semanas
A
proteção oferecida pela vacina tem efeito após duas
semanas da aplicação. Por isso, é importante que
todas as pessoas com 60 anos ou mais recebam logo a sua
dose. Todos devem procurar as equipes da vacinação,
mesmo que já tenham tomado a vacina no ano anterior.
Quem
não pode tomar a vacina
Pessoas
que já tenham apresentado reação alérgica grave à
dose anterior da vacina e a proteínas do ovo não devem
receber a vacina. Também não devem tomá-la os
portadores de doenças neurológicas em fase aguda
comprovada: meningite, encefalite, surto de esclerose múltipla,
derrame cerebral, traumatismo craniano e pós-operatório
de tumores.
Fonte:
Ministério da Saúde