A
Secretaria de Saúde de Campinas informou nesta
quinta-feira, 12 de abril, que foi confirmado novo
caso de dengue hemorrágica no município e que o
índice de cura desta forma da doença na cidade é de
100%. A ocorrência refere-se a um homem, de 18 anos,
morador da região norte da cidade.
Com
isto, são dois os casos confirmados da forma
hemorrágica da doença entre moradores de Campinas. A
outra ocorrência – já confirmada anteriormente -
refere-se a um homem, de 56 anos, morador do Parque
Floresta, região noroeste. Nos dois casos, os
pacientes foram tratados e curados.
A
Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) também
aguarda avaliação do Centro de Vigilância
Epidemiológica Estadual (CVE) em relação a outros
cinco casos de dengue hemorrágica entre moradores de
Campinas – já que a confirmação das ocorrências
depende da ratificação do centro. Quatro deles já
receberam alta e um continua internado.
Na
forma hemorrágica, a dengue se manifesta com
sangramentos espontâneos ou provocados, queda na
quantidade de células que fazem a coagulação (plaquetopenia),
perda de plasma de dentro para fora do vaso
sangüíneo.
Como
conseqüência, o paciente tem queda de pressão e
desidratação mesmo sem ter diarréia importante. Este
quadro pode levar ao choque (quando a pressão
arterial vai a 0 por 0) e até a morte. Se não
tratada adequadamente, a dengue hemorrágica pode
levar à morte em até 20% dos casos. Se tratada de
forma correta, a probabilidade de morte cai para 1%.
“A
confirmação de casos da forma hemorrágica já era
esperada. Por isso, estamos reforçando com todas
equipes de saúde a assistência aos pacientes, no
sentido de que os médicos façam avaliação clínica
bem feita desde o começo para diagnosticar casos que
possam evoluir para quadros graves, acompanhar
minuciosamente e tratar estes pacientes desde o
momento da suspeita clínica, principalmente com
hidratação na medida de dois litros de soro de
reidratação oral e quatro litros de outros líquidos
por dia”, diz o médico sanitarista André Ricardo
Ribas de Freitas, da Covisa.
Segundo André, o reforço com os médicos já foi feito
na rede pública de saúde, por meio capacitações e
reuniões para discutir a conduta dos casos. A Covisa
também elaborou e distribuiu documento para médicos
da rede privada, onde atualiza a situação da doença
na cidade e reforça a conduta de casos com sinais de
gravidade.
Na
semana que vem, será realizada reunião com direções
clínicas dos hospitais, também com o objetivo de
chamar a atenção para a conduta dos casos. Uma nova
capacitação está sendo programada para médicos das
redes pública e privada também com este objetivo.
O
sanitarista, no entanto, ressalta que não é só a
dengue hemorrágica que mata. “A dengue também pode
levar o paciente à morte por complicações como
insuficiência hepática, insuficiência respiratória,
encefalite e outras”, diz.
André
afirma que é muito importante que as pessoas se
conscientizem de que combater o mosquito da dengue -
além da responsabilidade dos órgãos governamentais
que devem se encarregar do saneamento básico,
abastecimento de água e de campanhas educativas
permanentes - requer empenho de toda a sociedade,
uma vez que o Aedes aegypti pode encontrar,
em cada moradia e arredores, ambiente propício para
sua proliferação.
“Portanto, os cuidados com os locais que
eventualmente possam transformar-se em criadouros
não podem restringir-se aos períodos de chuva e
calor, época de maior incidência da dengue”, diz.
Casos
de dengue hemorrágica confirmados e em investigação
pela Secretaria de Saúde de Campinas:
Dengue
Hemorrágica – moradores de Campinas
Homem
– Floresta (noroeste) – 56 anos – cura – confirmado
Homem
– Área do CS Eulina (norte) – 18 anos – cura -
confirmado
Mulher
– Pde. Manoel da Nóbrega (noroeste) – 40 anos – cura
(em investigação)
Homem
– Guanabara (leste) – 81 anos – cura - (em
investigação)
Mulher
– Sul ou Centro – 26 anos - cura - (em
investigação)
Mulher
– Área do Campo Belo (sul) – 16 anos – cura - (em
investigação)
Mulher
– Jardim Nossa Senhora Aparecida (sudoeste) – 50
anos – em tratamento - (em investigação)
Casos
de outros municípios atendidos em serviços de saúde
de Campinas:
Mulher
– Hortolândia – 5 anos - cura - confirmado
Mulher
– Hortolândia – 25 anos – óbito - confirmado
Mulher
– Hortolândia – 26 anos – óbito – (em investigação)
Homem
– Sumaré – 51 anos - cura - (em investigação)