Influenza A (H1N1): Tenha mais informações sobre a doença

30/04/2009

Autor: Bruno Sgambato

Originada no México, a influenza A é uma doença respiratória aguda (gripe), altamente contagiosa, causada pelo vírus A (H1N1), que normalmente acomete porcos, mas devido a mutações recentes, passou a ser transmitida de pessoa a pessoa.

Assim como a gripe comum, a influenza A é transmitida, principalmente, por meio de tosse, espirro e de secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Clinicamente, a doença inicia-se com uma de febre alta repentina, em geral acima de 38°C, seguida de dores por todo o corpo, garganta, cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantém-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre.

Influenza

O vírus influenza é o causador da gripe e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica. Os vírus podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura). Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus influenza A.

As principais características do processo de transmissão da influenza são: alta transmissibilidade, principalmente em relação à influenza A; maior gravidade entre os idosos, as crianças, os imunodeprimidos, os cardiopatas e os pneumopatas; rápida variação antigênica do vírus influenza A, o que favorece a rápida reposição do estoque de susceptíveis na população; apresenta-se como zoonose entre aves selvagens e domésticas, suínos, focas e equinos que, desse modo, também constituem-se em reservatórios dos vírus.

Prevenção e Orientações

Ainda não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus de influenza A, porém, o tratamento será indicado pelo profissional de saúde. Não é indicado tomar medicamento por conta própria, pois, poderá causar resistência à medicação e quando ela for realmente necessária, não será eficiente.

Segundo o Ministério da Agricultura, não há registro de transmissão da influenza A para pessoas por meio da ingestão de carne de porco. O vírus da influenza A não resiste a altas temperaturas (70ºC).

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), até o momento, não há circulação do novo subtipo do vírus influenza A (H1N1) no Brasil.

O MS orienta a população que for viajar para as áreas afetadas, utilizar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência e substituí-las sempre que necessário; ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável; evitar locais com aglomeração de pessoas; e evitar o contato direto com pessoas doentes; não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; evitar tocar olhos, nariz ou boca; lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar; em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas.

Para quem chegou de viagem das áreas afetadas pela influenza A que apresentarem, até10 dias após sair dessas áreas, febre alta de maneira repentina (> 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória, a procurarem assistência médica na unidade de saúde mais próxima; informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

São áreas afetadas os locais com casos confirmados e divulgados pela OMS ou Governos dos países afetados.

É preciso ter muita cautela, pois, nesta época do ano, é comum a ocorrência de gripes, resfriados e alergias. Portanto, mesmo se a pessoa apresentar os sintomas de gripe ou resfriado, será considerada suspeita de gripe suína se tiver deslocamento para áreas afetadas ou contato com pessoas vindas dessas áreas.

O 156 da Prefeitura Municipal de Campinas estará à disposição para esclarecimentos sobre a gripe suína ou para maiores informações, acessar o link: http://portal.saude.gov.br/saude.

Tenha mais informações sobre o assunto nos links abaixo:

www.saude.gov.br/svs

www.cve.saude.sp.gov.br

www.anvisa.gov.br

www.who.int/en/

www.cdc.gov

Volta ao índice de notícias