Autor: Marco Aurélio Capitão
O Comitê Gestor do Sistema Integrado de Gestão de Atendimento (SIGA Saúde/Campinas) reuniu-se nesta terça-feira, 12 de abril, na Prefeitura de Campinas para definir os novos planos de trabalho do Comitê. Desde a última sexta-feira, 8 de abril, quando a Prefeitura de São Paulo cedeu a base do programa do SIGA/SP ao Ministério da Saúde, Campinas passou a ser referência para a utilização desse software. Campinas foi a terceira cidade brasileira a implantar o SIGA em 2008, a primeira foi São Paulo e a segunda, Camaçari (BA).
O SIGA Saúde/Campinas, cujo banco de dados está alojado na IMA – Informática dos Municípios Associados -, objetiva informatizar todos os dados de pacientes cadastrados nas unidades de saúde da rede pública municipal. O sistema pretende disponibilizar todas as informações referentes aos tratamentos que o paciente tenha recebido, quando e onde foi tratado, quais medicamentos está tomando, qual o diagnóstico e o encaminhamento dado e outras informações sobre seu histórico de saúde.
Permite, também, de forma integrada, controlar e facilitar o fluxo e a organização dos serviços, de forma que o usuário de saúde pode ser encaminhado para exames, consultas de especialidades ou para os serviços de emergência ou hospitais mais próximos.
Marcelo Pimenta, diretor técnico da IMA, destaca que a empresa, vinculada à Prefeitura de Campinas, tem o conhecimento necessário para dar suporte, promover melhorias e adequar o sistema de acordo com as demandas da cidade.
Segundo Marcelo Pimenta, agora que o SIGA será estendido para outros municípios do Estado de São Paulo e do Brasil, Campinas reforça sua condição de pólo de referência. Conforme explica, o Comitê Gestor do SIGA Saúde/Campinas, que é coordenado pelo secretário José Francisco Saraiva, avaliou como positivo esse acordo de cooperação entre a Prefeitura de São Paulo e o Ministério da Saúde. “A cidade reforça sua condição de pioneirismo na adoção das políticas de saúde. Também serão abertas novas perspectivas de financiamento junto ao Governo Federal”, colocou o diretor técnico.
Moacir Perche, gerente do SIGA Saúde/Campinas, informou que , além de criar um banco de dados seguro e integrado, o sistema evita desperdício de recursos e é um forte aliado na regulação e no gerenciamento de gestão. “Essa integração de dados facilitará o acesso ao Disque Saúde com agendamento de consultas pelo 160. Além disso, permitirá a continuidade do atendimento em saúde com menos deslocamento do paciente”, disse Moacir Perche.
Luciano Benato, gerente de Projetos da IMA, complementa que atualmente quinze municípios paulistas já utilizam o sistema. “Esse número vai crescer muito e Campinas terá um papel importante no suporte e troca de experiências”, diz Luciano. Segundo ele, o sistema, ainda em fase de aperfeiçoamento, utiliza os conceitos do Cartão Nacional de Saúde, que permite acesso ao histórico hospitalar, prontuário médico, remédios dispensados nas farmácias populares ou, ainda, quando e quantas vezes o usuário passou por atendimento.
