Cuidados são essenciais para evitar doenças respiratórias

17/04/2013

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Outono e inverno. São nas estações de tempo frio e seco que as doenças respiratórias aumentam. As baixas temperaturas, a baixa umidade do ar seco e a aglomeração de pessoas em locais fechados propiciam a transmissão de vírus e bactérias, porque tornam-se mais resistentes, em número maior e o organismo das pessoas tende a ficar com a imunidade mais baixa por conta do ressecamento das vias respiratórias. As doenças mais comuns são gripe e resfriado e as crises de doenças crônicas costumam ser desencadeadas nessa época como asma, bronquite, otite, sinusite e enfisema pulmonar.

De acordo com o médico epidemiologista do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), André Ribas Freitas, da Secretaria de Saúde de Campinas, a prevenção é muito importante e pode ser feita por meio de atitudes simples no dia a dia. Lavar as mãos, evitar locais fechados e com grande circulação de pessoas são algumas delas e podem evitar o contágio e ajudar na recuperação para quem já está doente.

A boa alimentação e a ingestão de líquidos também são fundamentais, tanto para quem está saudável quanto para quem já apresenta algum sintoma de doença respiratória. “As vitaminas auxiliam na imunidade e os líquidos hidratam o organismo, evitando o ressecamento das vias respiratórias”, diz o médico.

Para crianças, a temporada de frio pode ser ainda mais prejudicial e por isso precisam de atenção especial. Segundo a pediatra da Secretaria Municipal de Saúde, Tânia Marcucci, o período em que as temperaturas caem, a umidade do ar diminui e agrava os problemas respiratórios, especialmente daqueles que já têm alguma doença crônica. Além dos cuidados necessários, é importantes que os bebês sejam alimentados com leite materno, evitem locais com muita gente e fiquem em ambientes limpos e arejados. “São medidas simples mas eficazes para evitar a transmissão no que se diz respeito às doenças respiratórias”, afirma a pediatra Tânia Marcucci.

Os grupos com maior vulnerabilidade, ou seja, gestantes, idosos, crianças menores de dois anos e pessoas com doenças crônicas também devem tomar a vacina contra a gripe como medida de prevenção. A campanha nacional teve início no dia 15 de abril e segue até o dia 26 deste mês.

O epidemiologista André Freitas avisa que é fundamental seguir a chamada “etiqueta respiratória”, uma série de medidas para evitar as doenças ou a transmissão de vírus e bactérias.

Cuidados

- Evitar locais fechados e com grande circulação de pessoas.

- Deixar o ambiente o mais ventilado e arejado possível.

- Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz, preferencialmente com lenço de papel descartável.

- Lavar as mãos várias vezes por dia, com água e sabonete, especialmente se estiver ou passar por locais públicos. Se não tiver como lavar, higienizar com álcool em gel.

- Se apresentar febre acompanhada de sintomas como tosse, dor de garganta, procurar um serviço de saúde.

- Alimentar-se bem, com muitas frutas e verduras e ingestão de líquidos.

- Para mães com bebê: manter a amamentação com leite materno nos primeiros meses de vida, como alimentação exclusiva.

- Quando gripado, evitar contato desnecessário com crianças e recém-nascidos.

- Evitar ir ao pronto-socorro nos casos em que não for urgência. Deve ser priorizado a Unidade Básica de Saúde de referência, com o médico que costuma atender.

Gripe ou resfriado: diferenças

Gripe: mais intensa que resfriado, caracterizada por dor no corpo, dor de garganta, tosse, geralmente com febre.

Resfriado: tosse, coriza e espirro, sem febre.


Crédito da Foto: Fernanda Sunega
Vacinação contra a gripe: Prevenção

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