Denize Assis
A
Secretaria de Saúde de Campinas divulgou na última
quarta-feira, 5 de maio, comunicado que recomenda a todos
serviços da rede municipal de saúde atenção redobrada
para diagnosticar, notificar e acompanhar surtos de
conjuntivite. A orientação se deve a ocorrência de surtos
da doença em outras cidades, principalmente no Rio de
Janeiro onde no período de 23 de fevereiro a abril de 2004
já foram registrados 16,5 mil casos.
"Recomendamos
atenção redobrada e notificação dos casos para que
possamos desencadear ações de assistência, medidas de
prevenção e controle além de reforçar o sistema de
coleta, processamento e análise dos dados", informou a
médica sanitarista Naoko Silveira, da Vigilância em Saúde
de Campinas.
Até o
momento, a Secretaria de Saúde não registrou surtos na
cidade. Em 2003, o município notificou mais de 700 casos.
Em todo País, segundo o Ministério da Saúde, foram
registrados mais de 100 mil casos no ano passado. São Paulo
foi o segundo Estado com o maior número de casos, atrás
apenas de Santa Catarina. Na região, Campinas foi uma das
cidades mais atingidas.
Não há
vacina contra a conjuntivite. Evitar contato com pessoas que
estejam doentes e tomar cuidados de higiene são as únicas
medidas de evitá-la. A conjuntivite causa inflamação na
membrana que recobre a parte externa do olho. Os sintomas são
olho vermelho, inchaço nas pálpebras e na conjuntiva e
secreção.
"Só a
adoção de medidas como lavar as mãos e o rosto com freqüência
e não compartilhar objetos de uso pessoal como toalhas, lençóis
e travesseiros de quem está com conjuntivite podem evitar o
contágio. Além desses cuidados, piscinas também devem ser
evitadas", disse a enfermeira sanitarista Brigina Kemp,
da Saúde Coletiva de Campinas.
A
sanitarista informou que a conjuntivite é uma doença muito
freqüente, pode ser causada por vírus, bactéria e também
pode ter origem alérgica. Apesar de não apresentar
gravidade na maioria dos casos, é muito importante que a
pessoa procure o serviço de saúde se apresentar sintomas.
"Somente o profissional de saúde pode identificar o
tipo de conjuntivite, o que é importante porque a forma
bacteriana exige tratamento específico".