Nesta
terça-feira, 15 de maio, a Secretaria Municipal de Saúde
desenvolveu ações de combate à dengue em todas as regiões de
Campinas. Os trabalhos englobaram bloqueio químico,
eliminação de criadouros nos imóveis, busca ativa de pessoas
com sintomas da doença e ações de educação em saúde,
informação e mobilização social. O foco das atividades foram
as áreas com maior transmissão da doença no município.
Na região
noroeste, as equipes realizaram remoção de criadouros no
Jardim Campos Elíseos, na abrangência do Centro de Saúde do
Balão do Laranja. A ação contou com 60 profissionais entre
agentes comunitários de saúde, ajudantes de controle
ambiental e supervisores de controle ambiental.
Na região sul,
a ação teve como foco o Jardim Paranapanema, onde uma equipe
de 41 profissionais promoveu arrastão de criadouros de
dengue e busca ativa de pessoas com sintomas da doença.
Segundo a Visa Sul, os locais de maior risco em relação à
dengue na região são as áreas de abrangência dos Centros de
Saúde Vila Ipê e Santa Odila e os bairros Gleba B, Parque
Oziel, Parque Monte Cristo e Jardim Nova América.
Na região
norte, as ações ocorreram no Núcleo Residencial do Jardim
Eulina e incluíram busca ativa de pacientes e inviabilização
de criadouros.
Na leste, uma
equipe de 28 profissionais percorreu a área rural do Jardim
Santa Cândida em visitas casa-a-casa para retirada de
criadouros.
Na região
sudoeste, a Secretaria realizou bloqueio químico em 800
domicílios do Jardim Novo Campos Elíseos, na abrangência do
Centro de Saúde Pedro de Aquino. Também foi realizada
operação de remoção de criadouros, com busca ativa de
suspeitos, no Parque Shangai, área do Centro de Saúde Vista
Alegre. Além disso, um caminhão recolheu pneus velhos em
borracharias.
Saiba mais.
Os sintomas da dengue são febre alta, dores musculares e nas
juntas, dor atrás dos olhos, fortes dores de cabeça, manchas
avermelhadas na pele, fraqueza e falta de apetite. Pessoas
que apresentam esses sintomas podem estar com dengue e devem
procurar rapidamente o Centro de Saúde para obter orientação
médica. Quanto antes for iniciado o tratamento, melhor.
A dengue hemorrágica é o
tipo mais grave. Os sintomas iniciais são os mesmos da
dengue comum. Só que, quando a febre acaba, começam a surgir
sangramentos, a pressão cai, os lábios ficam roxos, a pessoa
sente fortes dores no abdômen e uma hora fica sonolenta,
outra hora agitada. A dengue hemorrágica é muito perigosa e
pode levar a pessoa à morte. Por isso, todo cuidado é pouco.
A pessoa com dengue deve
ficar em repouso, beber muito líquido e só usar medicamento
para aliviar as dores e a febre. Mas cuidado: não use
remédios à base de ácido acetil salicílico (aspirina,
melhoral e AAS). Evite a automedicação, consulte sempre um
médico.
O Secretário de Saúde de Campinas, José
Francisco Kerr Saraiva, afirma que, se cada um fizer a sua
parte, a cidade vai acabar com a dengue. Ele orienta cada
cidadão a conversar com sua família, com seus vizinhos,
mostrar a importância de participar da campanha contra a
dengue.
“Além da prefeitura, que pode e deve fazer
sua parte promovendo a limpeza urbana e mobilizando equipes
de saúde, a população tem que ter consciência da importância
da adoção de medidas para o controle do mosquito, como não
deixar água em pneus, latas, potes, garrafas e outros
objetos”, afirma.
Situação da
doença. Desde janeiro, Campinas notificou 11.953 casos
de dengue, sendo que, deste total, foram processados pelo
laboratório do Instituto Adolfo Lutz pouco mais de 6 mil
exames, entre os quais foram confirmados 3.110 casos, sendo
2.364 de residentes de Campinas, 540 de outros municípios e
150 que ainda estão em investigação quanto ao local de
moradia.
Denize Assis