Campanha de vacinação contra gripe em idosos prossegue até a próxima sexta-feira

05/05/2009

Autor: Claúdia Xavier

Um total de 36.013 pessoas acima de 60 anos de idade foram imunizadas até o último dia 29 de abril, durante a primeira semana da campanha de vacinação contra a gripe sazonal. Este número corresponde a 28,16% da população alvo, estimada em 127.907 habitantes. A meta da Secretaria Municipal de Saúde é atingir, neste ano, 80% deste público. A campanha de vacinação teve início no último dia 25 e deve se estender até a próxima sexta-feira, dia 8 de maio.

Durante o mesmo período da campanha de vacinação no ano passado foram imunizadas 29.300 pessoas, 6.713 a menos que neste ano, porém, o índice de alcance foi de 28,29%.

“O percentual de alcance manteve-se praticamente o mesmo porque, neste ano, estamos trabalhando com uma população estimada de 103.768 idosos, ou seja, 24.139 pessoas a mais que em 2008”, explica a enfermeira sanitarista coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Brigina Kemp.

Cerca de 170 mil doses da vacina estão à disposição dos idosos, dos profissionais de saúde e também da chamada população de risco da qual fazem parte os que têm doenças crônicas, cardiovasculares, pulmonares, renais, metabólicas (diabetes mellitus), hepáticas, imunodeprimidos e para as pessoas que convivem intimamente com pacientes descritos nas situações anteriores.

Desde 1999, o Ministério da Saúde realiza campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade acima de 60 anos, geralmente no mês de abril, porque é nesta época de final de outono e início de inverno que há mais ocorrências do problema.

A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus influenza que estão circulando de forma predominante nos hemisférios Norte e Sul.

A influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país.

A doença inicia-se com febre alta, em geral de acima de 38°C, seguida de dor muscular, dor de garganta e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. Trata-se de uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo da vida.

Não faça confusão

Segundo Brigina Kemp, há uma certa confusão quanto à gripe comum, do tipo influenza, de maior predominância nesta época do ano, e a gripe influenza A (H1N1), surgida recentemente no México e que já conta com casos mais de mil casos confirmados em cerca de 20 países.

“Neste caso cabe ressaltar que, por serem vírus de tipos diferentes, a imunização oferecida pela vacina contra a gripe comum não protege contra a gripe influenza A (H1N1)”, diz.

De acordo com Brigina, como não há, até o momento, vacina para evitar a gripe influenza A (H1N1), a população deve valer-se de hábitos de higiene simples como os indicados para a prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória que são:

- lavar as mãos com água e sabão depois de tossir ou respirar, depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz;

- evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;

- usar lenço de papel descartável;

- proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar;

- orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 dias após o início dos sintomas);

- evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);

- o ambiente doméstico deve ser arejado e receber luz solar, pois essas medidas ajudam a eliminar possíveis agentes das infecções respiratórias.

- restringir o ambiente de trabalho para evitar disseminação;

- manter hábitos saudáveis com alimentação balanceada, ingestão de líquidos e prática de atividade física.

Saiba mais

A influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Os sintomas que definem um caso suspeito de influenza A (H1N1) são febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória e ter apresentado esses sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1); ou ter tido contato próximo nos últimos dez dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza.

É definido como contato próximo o indivíduo que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso confirmado.

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