Campinas já vacinou mais de 455,8 mil contra H1N1 e encerra campanha no sábado

21/05/2010

Autor: Denize Assis

Campinas já aplicou mais de 455,8 mil doses de vacina contra o vírus H1N1, da nova gripe. O balanço, divulgado nesta quinta-feira, dia 20 de maio, pela Vigilância em Saúde, aponta que a cobertura vacinal ficou acima de 95% nos grupos compostos por profissionais de saúde que atuam no enfrentamento à pandemia, crianças menores de 2 anos, portadores de doenças crônicas de todas as faixas etárias e pessoas de 20 a 29 anos.

O último grupo prioritário, composto por adultos de 30 a 39 anos, foi o de menor adesão à estratégia, com 76.774 pessoas vacinadas, o que equivale a 42,8% dos moradores do município nesta faixa etária. Entre as gestantes, Campinas contabiliza a vacinação de 66,2%, ou 9.463 doses aplicadas. Do ponto de vista epidemiológico, toda campanha de vacinação deve proteger, pelo menos, 80% do público-alvo. No total, Campinas tem 512.546 pessoas incluídas entre o público a ser vacinado.

Para dar mais uma oportunidade às pessoas incluídas nestes dois grupos nos quais a cobertura está baixa, a Campanha de Vacinação contra o H1N1, que começou dia 8 de março e terminaria nesta sexta-feira, dia 21 de maio, será estendida até o sábado, dia 22. Aos sábados ficam abertos os centros de saúde Aurélia, Capivari, Florence, Santa Lúcia, São José, Jardim Vista Alegre, São Quirino, Parque Valença, Vila Ipê, Dic 1, União dos Bairros, Aeroporto e Santo Antônio. As unidades funcionam em horários diferentes. Portanto, é importante se informar pelo telefone 156 para saber até que horas a vacina está disponível. O serviço também pode informar o endereço das unidades.

Além dos centros de saúde, também funcionarão pelo menos dois postos de vacinação em outros locais, sendo um no Shopping Unimart, das 9h às 17h, e outro no mercado de flores da Ceasa Campinas, das 8h às 12h. O Shopping Unimart fica na avenida John Boyd Dunlop, 350.

“A população adulta tem mais dificuldade de adesão às campanhas de vacinação. Mas é importante que as pessoas procurem se proteger. A vacina é segura, eficaz. A ampliação da estratégia para os adultos de 30 a 39 anos, anunciada em fevereiro, considerou o grupo com maior número de hospitalizações e mortes depois daqueles priorizados nas etapas anteriormente definidas”, diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas.

Para as gestantes, Brigina reforça que elas devem se vacinar. “A vacina não ocasiona má-formação do feto e é segura tanto quanto a da gripe sazonal. Portanto, não oferece risco para a grávida ou o feto e, além disso, ao tomar a vacina, a mãe pode proteger seu filho já que os anticorpos provavelmente vão passar para o bebê”, diz.

Além das pessoas entre 30 e 39 anos e das gestantes, os responsáveis por crianças entre 6 meses e menores de 2 anos devem ficar atentos para aplicar a segunda meia dose da vacina, feita trinta dias depois de tomada a primeira.

As pessoas que tiverem devem levar o cartão de vacinas. As gestantes devem levar o cartão de pré-natal e as pessoas entre 30 e 39 devem apresentar documento de comprovação da idade.

Internações.

Em 2010, no Brasil foram registradas 540 internações por gripe H1N1, até o dia 8 de maio. Desse total, 60,5% apresentavam pelo menos uma condição de risco para gravidade, e 17,5% eram mulheres grávidas. Em relação às mortes, um total de 64, as mulheres correspondem a 75% do total e as gestantes, a 30%. Em Campinas, neste ano, foram confirmados dois casos em mulheres na faixa etária de 30 a 39 anos, sendo que uma delas era gestante.

No ano passado, no país, de 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a letalidade entre os casos graves foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). As crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência de complicações no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes). E, finalmente, os adultos entre 30 e 39 anos, que representam a maior parcela de mortes – 22% do total.

Em Campinas, em 2009, foram confirmados 17 óbitos por H1N1, um deles em gestante. A maior parte estava concentrada na faixa etária de adultos jovens, entre 20 e 39 anos. Apenas um caso foi em criança.

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