Campinas
vacinou 68,6 mil crianças contra a poliomielite na
primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação, de 11
a 17 de junho, segundo dados da Vigilância em Saúde
(Visa) da Prefeitura. Os números de imunizados
representam 84% do total de pessoas menores de cinco
anos na cidade, que constituem uma população de 75
mil. O resultado está abaixo da cobertura de 95%
recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e
Ministério da Saúde.
A
Secretaria informa que, há vários anos, o município não
alcança esta meta. No ano passado, a cobertura vacinal
atingiu 85% na primeira etapa da Campanha. A hipótese
mais provável para este fato, segundo os técnicos da
Visa Municipal, é a de que tanto a população em geral
como os profissionais de saúde não valorizam o risco
da reintrodução da pólio em nosso meio.
"Esta
é uma doença que está controlada há bastante tempo
em nosso município, quando o último caso foi em 1980,
e no Brasil, que registrou a última ocorrência em
1989. Isso dá uma impressão de que este é um perigo
distante, não real, o que diminui o apelo, a importância
da estratégia fazendo com que as pessoas considerem a
campanha como secundária", diz a enfermeira
sanitarista Brigina Kemp, da Visa de Campinas.
Segundo
Brigina, outra explicação é o fato da campanha ter
virado rotina. "A estratégia acontece há mais
duas décadas e não tem mais o apelo da novidade",
diz. Mas a sanitarista informa que a persistência dessa
doença no mundo mantém elevado o risco de reintrodução
do vírus selvagem em países que já erradicaram a pólio,
incluindo o Brasil.
Brigina
aproveita para lembrar que a segunda fase da Campólio
acontece em 20 de agosto, quando todas as crianças
menores de cinco anos, inclusive as que tomaram a dose
nesta primeira etapa, devem voltar as postos para tomar
as gotinhas. "Todos devem participar. A estratégia
brasileira, que inclui fortalecer a vigilância
epidemiológica e assegurar a vacinação, não só mantém
o país livre da poliomielite, como também integra uma
rede mundial para a manutenção da erradicação desta
doença", finaliza.
Denize
Assis
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