Prefeitura expande acupuntura e já disponibiliza 1,4 mil sessões por mês

14/07/2004

Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas ampliou, desde a última quinta-feira, 8 de julho, o acesso às sessões de acupuntura para pacientes atendidos pelos Centros de Saúde das regiões Leste, Norte e Sul de Campinas. A ampliação foi viabilizada por meio de convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto de Pesquisas e Ensino Médico em Acupuntura (Ipema).

O Instituto levou suas aulas práticas para o Ambulatório de Especialidades do Hospital Municipal Mário Gatti, onde serão disponibilizadas mais 32 horas semanais para as sessões que, inicialmente, acontecem às quintas-feiras, das 17h às 19h. Com isso, a rede pública municipal de saúde passa a disponibilizar, aproximadamente, 1,4 mil sessões de acupuntura para pacientes de todas as regiões da cidade.

De acordo com o médico sanitarista Alexandre César Conti, coordenador do Grupo de Estudos e Trabalhos em Racionalidades Integrativas em Saúde (Getris), desde 2001 a Secretaria de Saúde de Campinas tem expandido as práticas naturais – não biomédicas - na rede pública municipal de saúde. "A meta é oferecer esta opção para todos que desejarem, como ocorre com outras medicinas".

Segundo César Conti, atualmente, mais de dez Centros de Saúde oferecem, nos seus próprios espaços, sessões gratuitas de acupuntura à população. Também são oferecidas, em praticamente todas as unidades de saúde, aulas de ginástica chinesa lian gong. E mesmo nos Centros de Saúde que ainda não disponibilizam estas terapêuticas complementares, o usuário pode se informar sobre o Centro de Saúde mais próxima que ofereça o serviço.

A rede disponibiliza ainda fitoterapia e está trabalhando para a formação de profissionais que vão atuar em outras terapêuticas da medicina tradicional chinesa como massagem, meditação e orientação alimentar.

O médico sanitarista Roberto Marden, diretor municipal de saúde, informa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está cada vez mais incentivando e recomendando a adoção dessas modalidades de atenção à saúde. Segundo ele, tanto a medicina alopática como estas outras racionalidades médicas estão sendo cada vez mais adotadas pelos países desenvolvidos.

"Em Campinas, a Secretaria de Saúde tem trabalhado para ampliar o acesso a essas possibilidades, até pouco tempo restrita a consultórios e clínicas particulares. Nosso objetivo é que os cidadãos conheçam as alternativas e possam fazer sua escolha", afirma. Segundo Marden, esta política fortalece os princípios do SUS, de humanização e integralidade.

De acordo com Roberto, estas alternativas podem ser utilizadas para tratar qualquer tipo de agravo à saúde. "Para se utilizar destes métodos, basta o interesse do cidadão".

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