Denize Assis
A
Secretaria de Saúde de Campinas ampliou, desde a última
quinta-feira, 8 de julho, o acesso às sessões de
acupuntura para pacientes atendidos pelos Centros de Saúde
das regiões Leste, Norte e Sul de Campinas. A ampliação
foi viabilizada por meio de convênio firmado entre a
Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto de Pesquisas
e Ensino Médico em Acupuntura (Ipema).
O
Instituto levou suas aulas práticas para o Ambulatório
de Especialidades do Hospital Municipal Mário Gatti, onde
serão disponibilizadas mais 32 horas semanais para as
sessões que, inicialmente, acontecem às quintas-feiras,
das 17h às 19h. Com isso, a rede pública municipal de saúde
passa a disponibilizar, aproximadamente, 1,4 mil sessões
de acupuntura para pacientes de todas as regiões da
cidade.
De acordo
com o médico sanitarista Alexandre César Conti,
coordenador do Grupo de Estudos e Trabalhos em
Racionalidades Integrativas em Saúde (Getris), desde 2001
a Secretaria de Saúde de Campinas tem expandido as práticas
naturais – não biomédicas - na rede pública municipal
de saúde. "A meta é oferecer esta opção para
todos que desejarem, como ocorre com outras
medicinas".
Segundo César
Conti, atualmente, mais de dez Centros de Saúde oferecem,
nos seus próprios espaços, sessões gratuitas de
acupuntura à população. Também são oferecidas, em
praticamente todas as unidades de saúde, aulas de ginástica
chinesa lian gong. E mesmo nos Centros de Saúde que ainda
não disponibilizam estas terapêuticas complementares, o
usuário pode se informar sobre o Centro de Saúde mais próxima
que ofereça o serviço.
A rede
disponibiliza ainda fitoterapia e está trabalhando para a
formação de profissionais que vão atuar em outras terapêuticas
da medicina tradicional chinesa como massagem, meditação
e orientação alimentar.
O médico
sanitarista Roberto Marden, diretor municipal de saúde,
informa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) está
cada vez mais incentivando e recomendando a adoção
dessas modalidades de atenção à saúde. Segundo ele,
tanto a medicina alopática como estas outras
racionalidades médicas estão sendo cada vez mais
adotadas pelos países desenvolvidos.
"Em
Campinas, a Secretaria de Saúde tem trabalhado para
ampliar o acesso a essas possibilidades, até pouco tempo
restrita a consultórios e clínicas particulares. Nosso
objetivo é que os cidadãos conheçam as alternativas e
possam fazer sua escolha", afirma. Segundo Marden,
esta política fortalece os princípios do SUS, de
humanização e integralidade.
De acordo
com Roberto, estas alternativas podem ser utilizadas para
tratar qualquer tipo de agravo à saúde. "Para se
utilizar destes métodos, basta o interesse do cidadão".