A
Secretaria de Saúde de Campinas promove entre
quarta-feira, 13 de julho, e sexta-feira, 15, mais uma
megaoperação contra a dengue, desta vez na área do
Módulo de Saúde da Família do Rosália, na abrangência
do Centro de Saúde (CS) Anchieta, Região Norte da
cidade. No local, foram confirmados, desde abril, sete
casos autóctones – com transmissão na própria
comunidade – da doença. Outros 16 suspeitos
aguardam resultados de exames laboratoriais.
A
estratégia, definida no último sábado, dia 2, em
conjunto com a subprefeitura de Aparecidinha e com
participação de líderes da comunidade, incorpora
intensificação das ações de vigilância epidemiológica,
com busca ativa minuciosa de pacientes com sintomas,
combate ao vetor – o Aedes aegypti –, por
meio de arrastão de criadouros, vistoria, revisão e
telagem de caixas d´água, ações de educação em
saúde, comunicação e mobilização social.
Para
os trabalhos em campo, serão mobilizados 24 agentes
comunitários de saúde, quatro supervisores de
controle ambiental, oito ajudantes de controle
ambiental, além dos técnicos da Vigilância em Saúde
(Visa) Norte, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)
e funcionários da subprefeitura. A coordenação do
Centro de Saúde Anchieta vai acompanhar as
atividades.
Na
quarta-feira, as ações serão desenvolvidas nos
bairros 7 de Setembro, São Luís, Rosália 4, Rosália
2, São Geraldo e Parque Família. Na quinta-feira, no
Rosália 1, e, na sexta-feira, no Beiro Rio e Três
Marias.
Um
dos objetivos da ação é baixar a pendência - casas
que não podem ser visitadas porque estão fechadas
– que chega a 40% na comunidade. Segundo o biólogo
Ovando Provatti, da Visa Norte, a área reúne vários
fatores de risco para a dengue como caixas d´água
sem manutenção e um número grande de moradores que
trabalham com reciclagem. Além disso, existe no local
uma rua de comércio que tem trânsito intenso de
pessoas.
"Por
isso, é fundamental que as pessoas recebam as
equipes. Os moradores devem se programar para estar em
casa no dia da ação na sua rua ou, na
impossibilidade, deixar a chave com o vizinho ou um
outro responsável para facilitar o acesso dos técnicos",
diz Ovando.
O biólogo
afirma que não existe temporada de dengue e que o
combate aos criadouros precisa ser cotidiano,
independente de ser verão ou inverno. "A incidência
é maior no período do verão, quando chove e faz
calor, mas a dengue ocorre durante o ano todo. Por
isto, o combate precisa ser diário ao longo do ano.
Além disto a comunidade precisa ser parceira",
diz.
Segundo
Ovando, no Rosália, a caixa d´água tem sido um
importante criadouro nesta fase de seca. Neste caso, a
Secretaria de Saúde orienta que a este recipiente tem
que estar bem vedado ou seja a tampa deve ser ajustada
e sem presença de trincas. Outro cuidado com a caixa
d´água é com relação ao respiro ou ladrão que
tem que estar vedado também (com um pedaço de espuma
ou uma tela).
Os
primeiros sintomas da dengue são febre alta, dores de
cabeça e no corpo e mal-estar geral. O tratamento é
feito com medicação para amenizar estes sinais. A
orientação da Secretaria de Saúde é que a pessoa não
se automedique e, na ocorrência de febre ou
mal-estar, procure imediatamente a unidade de saúde
mais próxima.
Cuidados
contra a dengue:
-
Inviabilizar - furar, tampar, cobrir, emborcar (virar
de cabeça para baixo) - qualquer recipiente que possa
acumular água e dispor corretamente criadouros ou
colocá-los em local livre da chuva;
-
Desobstruir sujeiras de calhas, remover água
acumulada das lajes, usar ralos abre e fecha ou, na
impossibilidade, colocar água sanitária, manter
piscina clorada ou, se estiver em desuso, mantê-la
com o mínimo de água possível, com adição de
cloro e com tela devidamente esticada.
- Os
pratos de vaso precisam estar justapostos ao tamanho
da planta ou furados. Se este procedimento não for
possível, é indicado adicionar areia grossa
umedecida até a borda do prato;
- O
aquário deve estar vedado ou com a abertura telada já
que nem todos os peixes de aquário são larvófagos
(se alimentam de larvas);
-
Estabelecimentos como comércio, escolas, igrejas,
empresas e serviços em geral podem contribuir no
controle da dengue principalmente no que diz respeito
à manutenção predial e à divulgação de informações
sobre a doença.
Denize
Assis