De
Norte a Sul de Campinas, equipes da Secretaria de Saúde atuam
no combate a dengue todos os dias desta semana
Ajudantes de
controle ambiental e outros profissionais da Secretaria de Saúde
de Campinas coletaram 85 pneus nas margens da Estrada Velha de
Indaiatuba e em terrenos baldios numa ação de combate à
dengue na abrangência dos Centros de Saúde Carvalho de Moura
e São José. A atividade ocorreu durante a manhã desta terça-feira,
12 de agosto.
A bióloga
Maria Geralda Almeida, do Distrito de Saúde Sul, explica que
a ação foi necessária porque, com a chuva dos últimos
dias, os pneus ficaram cheios de água, tornam-se assim
ambientes propícios para a proliferação do mosquito Aedes
aegypti, que transmite o vírus da dengue.
O médico
sanitarista Carlos Eduardo Cantúsio Abrahão, coordenador da
Vigilância Sanitária de Campinas, informa que os pneus
descartados de maneira inadequada no meio ambiente representam
um grave problema de saúde pública. "Além do risco
para a dengue, ainda há a poluição do ar, ocasionada pela
queima de pneus, prática comum nas grandes cidades",
diz. Abrahão afirma que a Vigilância Sanitária de Campinas
possui um grupo na Comissão Regional de Dengue para discutir
exclusivamente o problema dos pneus.
Campinas
registrou, em 2003, 451 casos de dengue. Deste total, 382 são
autóctones – quando a pessoa é infectada na cidade – e
69 são importados. Somente na Região Sul, foram 104 ocorrências.
Nova Campinas
– Na Região Leste, equipes da Secretaria de Saúde de
Campinas visitaram 182 residências de moradores de nove
quarteirões da Nova Campinas durante ações de combate à
dengue na última semana (de 4 a 8 de agosto). As atividades
contra a doença foram intensificadas na área depois que uma
pesquisa recente da Prefeitura apontou que o local, juntamente
com o bairro vizinho Cambuí, reúne condições favoráveis
para a proliferação do Aedes aegypti.
De acordo com
Janilce Souza, supervisora de controle ambiental do Distrito
de Saúde Leste, durante a abordagem, os moradores foram
esclarecidos sobre a dengue e as formas de manter seus
quintais livres do mosquito Aedes aegypti. Janilce
informa que as equipes de saúde enfatizaram a necessidade dos
cidadãos prestarem atenção principalmente em suas piscinas,
lajes e nas bromélias. "A área possui um número alto
de residências com este tipo de criadouros, classificados
como não removíveis", afirma a supervisora.
As equipes
também deixaram folhetos com dicas de como acabar com o
mosquito nas caixas de correio de 52 imóveis que estavam
fechados. Apenas dois moradores se recusaram a receber os
funcionários da saúde.
Na semana de
18 a 22 de agosto, as equipes do Distrito de Saúde Leste em
conjunto com profissionais do Distrito Sul promovem ação
educativa com eliminação de criadouros na área próxima à
rodoviária. Pensões e comércio em geral serão visitados e
as equipes vão enfatizar com os proprietários a necessidade
de limpar caixas d’água e mantê-las vedadas. Segundo
Margarete Isaque, supervisora de controle ambiental do
Distrito de Saúde Sul, esta área tem características específicas.
"São residências antigas onde os moradores não têm o
hábito de limpar e vedar os recipientes que armazenam água.
Também há os locais classificados pontos de risco para a
proliferação do mosquito da dengue, como os recicladores",
informa Margarete.
Noroeste
- Na Região Noroeste de Campinas, ocorre arrastão nesta terça-feira,
12, na área do Centro de Saúde Ipaussurama. Na quinta, 14,
as atividades ficam concentradas da área do Floresta. Segundo
o supervisor de controle ambiental André Ricardo Silva, o
Distrito de Saúde Noroeste estabeleceu a operação
pente-fino como tarefa diária na região. "Isto
significa que todos os dias temos agentes comunitários em
visitas casa a casa, com ações educativas e eliminação de
criadouros", diz André.
Segundo ele,
na Região, os criadouros mais comuns são os pratos de vasos
de plantas, na área mais urbanizada, e os tambores de água,
nas localidades mais carentes. A Região Noroeste tem 49 casos
de dengue registrados desde janeiro de 2003.
Norte
– Na Região Norte, o arrastão contra a dengue acontece
quarta-feira, 13, na abrangência do Centro de Saúde
Anchieta. No Santa Mônica, as equipes prosseguem diariamente
com a operação intensificada de combate à doença. A área
recebe cuidado especial porque é lá que a doença tem
atacado mais e onde, desde janeiro, já foram confirmados mais
de 60 casos autóctones – quando a pessoa é infectada no
local onde mora ou trabalha.
A ação, que
tem parceria da Superintendência do Controle de Endemias (Sucen),
inclui inquérito sorológico da população – que aponta,
por meio de exames clínico, se a pessoa contraiu a doença -,
pesquisa da infestação do Aedes aegypti – chamada
de índice de breteau -, controle dos pontos de risco e dos imóveis
de risco e ações educativas com a comunidade. No total, a
Região Norte já confirmou 103 casos de dengue desde janeiro.
Sudoeste
– Na Sudoeste, área com o maior número de ocorrências –
144 – este ano, haverá arrastão na quinta-feira, 14, na área
do Centro de Saúde União dos Bairros.