Empresas
da área do Santa Mônica também estão incluídas nas ações
contra a doença desenvolvidas nesta semana, na Região Norte
da cidade
Agentes
comunitários e supervisores e ajudantes de controle ambiental
da Secretaria de Saúde dão continuidade nesta quarta-feira,
20 de agosto, ao mapeamento das casas da Cidade Universitária,
em Barão Geraldo, para verificar a existência de criadouros
do mosquito da dengue e se há moradores com os sintomas da
doença. O primeiro sinal da dengue é febre acompanhada de um
ou mais sintomas como dor de cabeça e no corpo e manchas
avermelhadas na pele. A Região Norte, onde está localizada a
Cidade Universitária, registrou 101 casos de dengue desde o
início de 2003.
Segundo o
supervisor de controle ambiental Israel Correa da Costa, do
Distrito de Saúde Norte, as equipes já visitaram 600 imóveis
do bairro. A estimativa é de que existam pelo menos 1.500
residências no local. Israel diz que os criadouros mais
encontrados no bairro até o momento são latas, calhas e
piscinas. Durante as ações, as equipes inviabilizam
criadouros removíveis – latas, pneus, vasos de plantas
entre outros - e colocam larvicida biológico nas piscinas. O
trabalho, iniciado há 15 dias, ainda deve durar mais duas
semanas, segundo Israel.
As equipes do
Distrito de Saúde Norte também desenvolvem nesta
quarta-feira ações de combate à dengue no I.A.P.I., na área
do Centro de Saúde Aurélia. De acordo com o supervisor de
controle ambiental Roberto Ribeiro de Souza, a comunidade tem
muitos idosos e a maioria deles tem vínculos com o Centro de
Saúde. "Nas ações anteriores, encontramos
principalmente pratos de vasos de plantas, latas e potes.
Estes materiais são potenciais criadouros do mosquito da
dengue e precisam ser removidos ou, no casos dos pratos,
ocupados com areia", diz Roberto.
Ainda na Região
Norte, na quinta-feira, 21 de agosto, profissionais de saúde
vão visitar empresas localizadas na Estrada dos Amarais para
verificar a existência de criadouros do mosquito da dengue.
Os empreendimentos que desenvolvem atividades que podem
representar algum risco para a doença já foram pontuados
antecipadamente em ação desenvolvida por agentes de saúde.
Agora, a equipes voltam aos locais para identificar problemas
e, se necessário, as empresas serão notificadas para fazer a
adequação. O trabalho ocorre nesta quinta-feira e na quinta
e na sexta-feira da próxima semana, 28 e 29 de agosto.
Durante as ações
nas empresas e residências, as equipes desenvolvem ações
educativas e incentivam campineiros a tomar medidas simples
para identificar e eliminar os focos do mosquito. Segundo
Roberto, os profissionais de saúde alertam sobre os perigos
da doença e distribuem cartilhas e panfletos.
Segundo
levantamento recente da Prefeitura, mais de 80% dos focos do
mosquito estão no interior das residências em vasos de
planta, potes, latas e em garrafas nos quintais. E, de acordo
com a enfermeira sanitarista Salma Balista, coordenadora da
Vigilância e Saúde Ambiental da Prefeitura, não é difícil
se livrar dos criadouros.
"É
necessário só um pouco de boa vontade e atenção para
transformar o ambiente em um local livre de dengue. São
medidas simples como ajustar pratos aos vasos, manter garrafas
de cabeça para baixo, pneus cobertos, lixos e cisternas
tampados e a caixa d’água limpa e bem vedada", reforça.
Campinas
registrou, desde janeiro, 451 casos de dengue.