A Secretaria de
Saúde de Campinas divulgou informe nesta quarta-feira, 27 de
agosto, para todos os serviços da rede municipal de saúde
onde reforça que as equipes do Paidéia devem estar atentas
para notificar e investigar surtos de varicela (catapora).
Também
informou que a Secretaria de Estado da Saúde vai
disponibilizar a vacina contra a doença para creches ou
instituições que abrigam crianças entre um e cinco anos
onde tenham sido registrados dois casos ou mais. No entanto,
as doses, só estarão disponível mediante avaliação
conjunta das secretarias de saúde Estadual e Municipal.
Até o
momento, a Coordenadoria de Vigilância e Saúde Ambiental de
Campinas (Covisa) tem informação de que as equipes do Paidéia
iniciaram investigação de dois prováveis surtos de varicela
na Região Noroeste e um provável na Região Norte. Ainda não
há dados fechados sobre número de casos ou das instituições
que tiveram crianças acometidas.
A estratégia
para o controle da varicela em Campinas já havia sido reforçada
na última terça-feira, 26 de agosto, depois que a Secretaria
de Saúde de Campinas foi informada pela Direção Regional de
Saúde (Dir 12) da ocorrência de surtos em cidades vizinhas.
Em Limeira, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde,
750 pessoas já foram atingidas e duas crianças morreram em
decorrência de complicações da doença.
Segundo a
enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância
Epidemiológica de Campinas, os profissionais, ao registrarem
os primeiros casos suspeitos, devem desencadear todas as
medidas de controle necessárias para evitar a disseminação
da varicela e o aparecimento de complicações. "Os
profissionais devem monitorar o aparecimento de casos
novos", diz.
Brigina
explica que a varicela, também chamada catapora, não é uma
doença de notificação obrigatória. No entanto, de acordo
com ela, surtos e epidemias devem ser registrados e
acompanhados para que se conheça melhor o comportamento da
doença e avaliar outras medidas de intervenção.
Saiba mais
sobre a catapora
- É uma doença altamente contagiosa e acomete mais as crianças.
No entanto, pode atingir também adolescentes e adultos que não
tenham tido catapora antes.
O vírus que
causa a catapora é especialmente adaptado para atacar a
mucosa do aparelho respiratório e se propaga facilmente de
pessoa para pessoa pelas gotinhas de saliva deixadas no ar ao
falar, espirrar, tossir e também pelo contato direto com as
lesões. Ocorre com mais freqüência no final do inverno e início
da primavera.
Tem curso
benigno, portanto, na maioria dos casos, evolui num curto espaço
de dias para a cura. O sintoma característico da doença é a
pele com pintas, pequenas bolhas que coçam muito e que surgem
primeiro no tronco e, gradualmente, se espalham pela face,
onde acomete couro cabeludo, lábios, boca e orelhas. Atinge
também braços e pernas.
"As
crianças podem ficar extremamente irritadas pela coceira
intensa e ter febre, calafrios, náuseas e vômitos", diz
Brigina. Ela informa que, em adolescentes e adultos, a doença
é mais exuberante e nas pessoas imunocomprometidas há maior
risco de complicações. A maioria dos casos – 90% - ocorrem
em pessoas com menos de 15 anos de idade.