Desde
esta sexta-feira, 29, a empresa Arte Mecânica Funilaria
Ltda está credenciada para efetuar reparos nas ambulâncias
do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). A
Arte Mecânica firmou um contrato emergencial com a
Prefeitura, na qual se compromete a efetuar serviços de
manutenção e fornecimento de peças para os veículos.
O contrato
de emergência, com despesa no valor de até R$ 100 mil, foi
firmado após a Secretaria de Saúde abrir processo para
cancelar o compromisso com a empresa que vinha descumprindo
suas obrigações no reparo e manutenção dos veículos.
Enquanto
vigora o acordo de emergência, publicado nesta sexta no Diário
Oficial do Município, a Prefeitura aguarda a rescisão
oficial do contrato com a antiga oficina. Somente após essa
providência é que a Secretaria de Saúde poderá firmar
outra licitação.
Desde a
semana passada, quando houve o rompimento com a empresa, o
Samu tem enfrentado problemas para manter a quantidade
necessária de ambulâncias em circulação na cidade. Nesse
período, o Samu contou com o apoio do Departamento de
Transportes Internos (Deti) da Prefeitura de Campinas, para
reparos nas viaturas.
Ontem,
segundo informou o médico emergencista José Roberto Hansen,
coordenador do Samu, havia cinco ambulâncias básicas e
duas UTIs aptas para circular. Atualmente a frota do Samu é
composta por onze ambulâncias básicas e três UTIs.
Segundo recomendação do Ministério da Saúde, o ideal é
uma viatura básica para cada 100 mil habitantes, além de
uma ambulância com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para
cada 350 mil.
Desde 2001,
a Prefeitura já adquiriu seis novas ambulâncias. A compra
de outras quatro já foi homologada em 16 de agosto. A
empresa tem um prazo legal de, no máximo, 40 dias para
entregá-las. No entanto, segundo Maria do Carmo, a
Secretaria de Saúde já pediu que a entrega seja
antecipada.
O Samu
O Samu é
um serviço que presta atendimento gratuito a qualquer
pessoa que necessite de orientação e/ou avaliação em
casos de urgência. O serviço existe desde 1996 e,
atualmente, recebe 5 mil solicitações por mês. Também
realiza o transporte de 2.500 pacientes crônicos, que, sem
recursos próprios, carecem de ser transportados para serviços
de hemodiálise, fisioterapia e quimoterapia. O custo mensal
do Samu é de mais de R$ 700 mil mensais.
Para
acionar o Samu basta que o usuário disque para o número
192. A pessoa deve ter calma e informar à telefonista seu
nome, a relação que tem com a vítima, o nome do paciente,
endereço, bairro, ponto de referência para o atendimento e
telefone.
Depois de
passar pela telefonista, o usuário é atendido pelo médico
regulador, que solicita informações sobre o paciente. A
partir destas informações é que é liberada a viatura
mais adequada para o atendimento. A pessoa pode ser atendida
no local e ser liberada se apresentar melhora ou, dependendo
da gravidade do caso, ser encaminhada a um pronto-socorro
(PS).
Recurso
Federal
O secretário
nacional de Saúde, Gastão Wagner de Sousa Campos,
reafirmou ontem em Campinas, nas festividades de dois anos
da implantação do Programa Paidéia, que o Ministério da
Saúde vai investir, a partir de outubro, R$ 193 milhões
para a implantação e ampliação de serviços de
atendimento móvel de urgência e emergência (Samus) em 238
municípios brasileiros.
Segundo
Gastão Wagner, Campinas será um dos primeiros municípios
a receber investimentos.
Atualmente,
apenas 11 cidades brasileiras, incluindo Campinas, prestam
assistência nestes moldes.
De acordo
com Gastão Wagner, os municípios devem se credenciar para
receber a verba a partir deste mês. Para isto devem
apresentar plano ou elaborá-lo em conjunto com o Ministério
da Saúde. O projeto prevê recursos para serem investidos
em estrutura e recursos humanos e vai disponibilizar 1 ambulância
básica para cada grupo de 100 mil habitantes, além de uma
ambulância com UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para cada
350 mil.