A Secretaria de
Saúde de Campinas divulgou informe nesta sexta-feira, 29 de
agosto, para as escolas da rede municipal de saúde onde reforça
que a direção e os professores devem estar atentos para
informar surtos (dois casos ou mais) de varicela (catapora),
diarréia e escarlatina que ocorrerem nas instituições aos
Centros de Saúde e Distritos de Saúde da Prefeitura.
De acordo com
a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância
Epidemiológica de Campinas, há dez dias, a Coordenadoria de
Vigilância e Saúde Ambiental (Covisa) da Prefeitura tem
notificado a ocorrência de surtos das três doenças em
escolas da cidade.
O surto de
diarréia foi notificado em 22 de agosto pelo Hospital Celso
Pierro, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas
(PUC-Campinas) e, provavelmente, é provocado pelo rotavírus.
Segundo Brigina, até o momento, são cerca de 200 casos, a
grande maioria de pessoas residentes na Região Noroeste da
cidade, ao longo Av. John Boyd Dunlop. A doença tem atingido
crianças e adultos.
A Secretaria
de Saúde também recebeu notificações de casos de
escarlatina, na última quinta-feira, 28 de agosto. O casos
ainda não foram confirmados laboratorialmente, segundo
Brigina. " Porém, os sintomas são compatíveis com
escarlatina", informa. Até o momento, de acordo com a
Secretaria de Saúde, há registros de possível surto de
escarlatina em três escolas, duas da Região Norte (com seis
e quatro casos) e uma da Região Leste (com seis casos).
Também há
notificações de surtos de varicela na Região Noroeste (em
uma escola e uma creche) e na Região Norte (creche). Casos
isolados também estão acontecendo. Um dos surtos, com 19
casos, é de uma escola de ensino fundamental da Vila Perseu
Leite de Barros. O outro, com 12, é de uma escola de ensino
infantil no mesmo bairro.
Dos casos
isolados, dois são de escolas na área do Balão do Laranja e
outros dois de moradores do Satélite Íris III e do Satélite
Íris I. Também há registro de um caso isolado na Região
Sudoeste, de um morador do Jardim Quarto Centenário. Na Região
Norte, o registro é de dois casos, na área do Anchieta.
No informe
para as escolas, a Secretaria de Saúde explica a conduta a
ser adotada para a prevenção de novos casos e interrupção
de surtos. "É necessário notificar qualquer surto,
imediatamente, às autoridades sanitárias. A notificação
deve ser feita, a partir do segundo caso registrado na mesma
instituição, para as equipes do Paidéia dos Centros de Saúde,
para o Distrito de Saúde ou para Secretaria Municipal de Saúde",
afirma Brigina.
Varicela
(catapora)
O que é:
É uma doença benigna (que se cura sozinha), mas altamente
contagiosa. É provocada por um vírus por via respiratória
ou pelo contato com as lesões de pele. A transmissão começa
dois dias antes do aparecimento das vesículas (bolhas na
pele) e vai até a fase de crosta. Como complicações da doença
podem ocorrer infecções das lesões de pele por bactérias.
Embora raras, complicações mais graves podem acontecer. A
vacina contra a catapora não está incluída na rotina do
calendário vacinal do Ministério da Saúde.
Cuidados e
medidas de controle:
Afastar as
crianças de creche ou escola até o sexto dia após o
aparecimento das lesões.
Manter
cuidados adequados de higiene
Manter as
unhas das mãos das crianças doentes bem aparadas, para
evitar lesões que propiciam infecção por bactérias
Procurar um
serviço de saúde para avaliação
Não dar
medicamentos à base de ácido acetilsalicílico para crianças
com varicela pois pode causar complicações graves
Não receber
novos alunos até 21 dias após o último caso
Notificar o
mais rápido possível, para avaliar a possibilidade e a
indicação de aplicação de vacina.
Rotavírus:
O que é:
vírus que provoca diarréia aquosa, vômitos e febre. Os
sintomas variam de quadros leves até mais graves com
desidratação, e pode evoluir a óbito. Assim, é fundamental
prevenir a desidratação nas pessoas doentes. A transmissão
se dá pela via fecal-oral, por contato de pessoa a pessoa e
também por meio de água, alimentos ou superfícies
contaminadas.
Cuidados e
medidas de controle:
Notificar
imediatamente as autoridades sanitárias
Realizar práticas
higiênicas gerais e universais como lavagem de mãos,
controle de água e alimentos e destino adequado dos dejetos.
Obs: surtos
por rotavírus são de difícil controle. Extensas epidemias
ocorrem ciclicamente em países desenvolvidos. O estímulo ao
aleitamento materno tem fundamental importância na prevenção
pelos altos níveis de anticorpos contra o rotavírus.
Escarlatina
O que é:
É uma doença provocada por bactéria (Streptococcus
pyogenes), que provoca febre e manchas avermelhadas na
pele (exantema). A gravidade da doença varia de leve a
moderada. A transmissão ocorre por contato direto com os
pacientes ou com portadores (sãos) da doença. Contato casual
raras vezes causa a infecção. Pode ocorrer também a
transmissão por alimentos contaminados. Não há vacina
contra a doença.
Cuidados e
medidas de controle:
Notificar
imediatamente as autoridades sanitárias.
Telefones
para notificar os surtos:
Vigilância
em Saúde (Visa) Sul – 3273-5055 / 3273-5999
Vigilância
em Saúde (Visa) Norte – 3242-1186 /3242-5870
Vigilância
em Saúde (Visa) Sudoeste – 3268-6233 / 3268-6234
Vigilância
em Saúde (Visa) Noroeste – 3268-6244 /3268-6255
Vigilância
em Saúde (Visa) Leste – 3254-7060 / 3254-2633
Secretaria
Municipal de Saúde - Coordenadoria de Vigilância e Saúde
Ambiental (11º andar da Prefeitura) - 3735-0277 / 3735-0233