Devido
ao clima seco dos últimos dias em Campinas e Região,
com temperaturas de até 28 graus Celsius, escassez de
chuva e umidade relativa abaixo de 30%, a Secretaria
de Saúde de Campinas reforçou nesta quarta-feira,
dia 3 de agosto, as orientações para unidades de saúde
da rede pública municipal quanto aos cuidados a serem
tomados e informados à população para evitar
agravos à saúde.
De
acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e
Climáticas Aplicadas a Agricultura (Cepagri), da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a umidade
relativa do ar caiu para 28% na cidade no período da
tarde de terça-feira, 2 de agosto, o que caracteriza
estado de atenção.
"A
última chuva significativa na região ocorreu no início
de junho, sendo que, em julho, choveu apenas 4 milímetros,
bem abaixo dos 35 milímetros de julho de 2004, o que
aumenta a concentração de partículas poluentes no
ar. E não há perspectiva de alteração nas condições
do tempo pelo menos até domingo e a massa de ar seco
vai persistir", informa a meteorologista Ana Ávila,
do Cepagri.
Segundo
o médico pediatra Pedro Humberto Scavariello, diretor
municipal de Saúde, este conjunto de fatores aumenta
o risco das pessoas adoecerem, sendo que os problemas
mais comuns são dores de cabeça, tontura, náusea,
irritação nos olhos, nariz e garganta, gripes,
viroses e outras doenças respiratórias e alérgicas.
"Portanto,
a Secretaria de Saúde orienta que as pessoas
mantenham boa hidratação corporal, com ingestão de
bastante água e sucos, e alimentação farta de
verduras e frutas. Também é recomendável, no período
do dia em que as temperaturas são mais elevadas,
evitar exposição direta ao sol. Se for inevitável
exposição aos raios solares, as pessoas devem se
proteger com chapéu e filtro solar e usar roupas
leves", diz o médico sanitarista Carlos Eduardo
Cantúsio Abrahão, coordenador municipal da Saúde
Ambiental de Campinas.
O
sanitarista informa ainda que crianças, idosos e
pessoas com qualquer debilidade de saúde requerem
mais atenção. De acordo com Abrahão, no informe
enviado aos serviços de saúde hoje, a Secretaria
orienta que agentes comunitários de saúde divulguem
essas recomendações durante as visitas domiciliares.
O médico
orienta também que as pessoas não devem queimar resíduos
– folhas secas, pneus etc – nas ruas e em terrenos
dentro da cidade. "Ao queimar os resíduos, as
pessoas pensam que estão resolvendo um problema, mas
a fumaça piora ainda mais a qualidade do ar e agrava
os problemas respiratórios da população", diz.
Abrahão informa que a queima de resíduos é crime
ambiental e é proibida por leis municipal e federal.
Denize
Assis