Saúde reforça orientações para reduzir riscos de doenças devido ao tempo seco

03/08/2005

Devido ao clima seco dos últimos dias em Campinas e Região, com temperaturas de até 28 graus Celsius, escassez de chuva e umidade relativa abaixo de 30%, a Secretaria de Saúde de Campinas reforçou nesta quarta-feira, dia 3 de agosto, as orientações para unidades de saúde da rede pública municipal quanto aos cuidados a serem tomados e informados à população para evitar agravos à saúde.

De acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura (Cepagri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a umidade relativa do ar caiu para 28% na cidade no período da tarde de terça-feira, 2 de agosto, o que caracteriza estado de atenção.

"A última chuva significativa na região ocorreu no início de junho, sendo que, em julho, choveu apenas 4 milímetros, bem abaixo dos 35 milímetros de julho de 2004, o que aumenta a concentração de partículas poluentes no ar. E não há perspectiva de alteração nas condições do tempo pelo menos até domingo e a massa de ar seco vai persistir", informa a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri.

Segundo o médico pediatra Pedro Humberto Scavariello, diretor municipal de Saúde, este conjunto de fatores aumenta o risco das pessoas adoecerem, sendo que os problemas mais comuns são dores de cabeça, tontura, náusea, irritação nos olhos, nariz e garganta, gripes, viroses e outras doenças respiratórias e alérgicas.

"Portanto, a Secretaria de Saúde orienta que as pessoas mantenham boa hidratação corporal, com ingestão de bastante água e sucos, e alimentação farta de verduras e frutas. Também é recomendável, no período do dia em que as temperaturas são mais elevadas, evitar exposição direta ao sol. Se for inevitável exposição aos raios solares, as pessoas devem se proteger com chapéu e filtro solar e usar roupas leves", diz o médico sanitarista Carlos Eduardo Cantúsio Abrahão, coordenador municipal da Saúde Ambiental de Campinas.

O sanitarista informa ainda que crianças, idosos e pessoas com qualquer debilidade de saúde requerem mais atenção. De acordo com Abrahão, no informe enviado aos serviços de saúde hoje, a Secretaria orienta que agentes comunitários de saúde divulguem essas recomendações durante as visitas domiciliares.

O médico orienta também que as pessoas não devem queimar resíduos – folhas secas, pneus etc – nas ruas e em terrenos dentro da cidade. "Ao queimar os resíduos, as pessoas pensam que estão resolvendo um problema, mas a fumaça piora ainda mais a qualidade do ar e agrava os problemas respiratórios da população", diz. Abrahão informa que a queima de resíduos é crime ambiental e é proibida por leis municipal e federal.

Denize Assis

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