O
Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis
e Aids de Campinas informou nesta sexta-feira, 5 de
agosto, que incluiu neste ano, no banco de notificação
de Aids, um caso de pessoa infectada pelo vírus HIV
através de via transfusional – por transfusão de
sangue.
A
ocorrência, que refere-se a uma mulher jovem, foi
diagnosticada pelo Centro de Referência Municipal (CR)
em Doença Sexualmente Transmissão Transmissíveis e
Aids (DST/Aids). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde,
os detalhes desta ocorrência estão em processo de
investigação e serão consolidados no fechamento do
banco de 2005.
Imediatamente
após a notificação, foram adotadas as medidas de
segurança nos setores públicos oficiais responsáveis
pela regulação e controle de qualidade relacionados ao
caso, para afastar qualquer possibilidade do risco se
estender a outras pessoas. Os órgãos responsáveis são
o CR/DST/Aids, Vigilância em Saúde (Visa) Municipal e
Rede Hemocentro.
Segundo
a enfermeira sanitarista Maria Cristina Ilário,
coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, é
importante ressaltar que a ocorrência desta via de
transmissão do vírus HIV é praticamente nula, pois o
Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de tecnologia de
ponta para o controle de hemoderivados.
"Portanto,
as milhares de vidas salvas todos os dias através da
recepção de sangue e outros hemoderivados decorrentes
da solidariedade dos voluntários doadores aos bancos de
sangue é superior a qualquer ocorrência estatística
esperada em qualquer procedimento técnico. Nenhum
procedimento ou tecnologia em saúde é 100% infalível",
diz.
A
Secretaria Municipal de Saúde informa que Campinas
conta com cerca de 4 mil casos notificados de Aids de
1982 a 2004, sendo que de todas as vias de transmissão
possíveis para o HIV somente três foram confirmadas
como transfusionais.
"A
atenção da população deve se voltar principalmente
para a evolução e a característica atual da epidemia,
que traz seus maiores números relacionados a via de
transmissão sexual tanto para homens como para
mulheres. É claro que o percentual estatístico, mesmo
que desprezível, acomete uma pessoa inteira e nosso
dever enquanto poder público em saúde é
disponibilizar a melhor e mais qualificada assistência
à mesma", afirma Maria Cristina.
Denize
Assis