Campinas participa de seminário que debate riscos de exposição humana a solos contaminados

08/08/2005

A Secretaria de Saúde de Campinas, representada pelo arquiteto Flávio Gordon e pela tecnóloga em saneamento Janete Navarro, técnicos da Vigilância em Saúde (Visa) Municipal, participa do Seminário Nacional "Vigilância em saúde de populações sob risco de exposição a áreas com solo contaminado", que ocorre entre esta segunda-feira, 8 de agosto, e quarta-feira, 10, no Saint Paul Park Hotel, em Brasília, sempre das 9h às 18h..

Promovido pela Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde (CGVAM), da Secretaria de Vigilância em Saúde do Governo Federal, o evento conta com a participação de representantes dos Ministérios da Saúde, Meio Ambiente, e Cidades, Organização Panamericana de Saúde (Opas), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Natuaris Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), das secretarias estaduais e municipais, órgãos estaduais de meio ambiente, entre outros.

Gordon informa que as alterações no meio ambiente interferem diretamente na saúde humana e que, por isso, o gerenciamento dos fatores de risco relacionados à saúde que advém de problemas ambientais é parte integrante da vigilância em saúde em todo País. "Por isso, a definição de estratégias e instrumentos de gestão relacionados a contaminação do solo e seus efeitos na saúde humana são fundamentais e estão na pauta deste seminário", diz.

Segundo o arquiteto, durante o seminário serão apresentados, ainda, documentos e trabalhos das vigilâncias em saúde de municípios brasileiros para detecção e controle dos fatores ambientais de risco, doenças e outros agravos à saúde da população exposta a contaminantes no solo, especialmente os químicos.

Gordon informa que, nesta segunda-feira, 8, um dos temas abordados no evento tratou da questão de que área contaminada exige uma ação multissetiserial e, portanto, uma integração entre os vários órgãos que de alguma forma têm a ver com o assunto. "Na esfera federal isto quer dizer integrar ações do Ministério da Saúde às iniciativas dos Ministérios das Cidades e do Meio Ambiente. Em Campinas, esta aproximação está sendo buscada não somente entre as várias instâncias municipais, mas também com instituições estaduais", diz.

De acordo com o arquiteto, Campinas tem, atualmente, 35 áreas de solo contaminado apontadas pela Cetesb, órgão do Estado que cuida das questões ambientais, além de outras 24 áreas suspeitas de contaminação.

Denize Assis

Volta ao índice de notícias