Com
enfoque para a questão do tabagismo passivo, a
Secretaria Municipal de Saúde de Campinas promoveu no
Paço Municipal e no Salão Vermelho da Prefeitura na
manhã desta segunda-feira, 29 de agosto, Dia Nacional
de Combate ao Fumo, uma sessão de ginástica chinesa
lian gong e palestra com o tema Abordando o
Tabagismo: 1º passo no Paço.
As
atividades tiveram como principal objetivo divulgar
informações sobre o tabagismo passivo e sensibilizar a
população para exercer o controle social visando o
cumprimento da Lei Federal nº 9.294/96, que proíbe o
consumo de cigarros em lugares fechados como shoppings,
bares, restaurantes e estabelecimentos públicos entre
outros.
Além
disso, as atividades promovidas pela Secretaria de Saúde
integram o processo de preparação para implantar no
município uma nova metodologia para tratar pessoas que
queiram parar de fumar. O projeto, que será enviado
para aprovação do Ministério da Saúde, está sendo
elaborado de acordo com critérios do Programa Nacional
de Controle do Tabagismo que estabelece que as unidades
de saúde onde será disponibilizado o tratamento
precisam atuar com profissionais não fumantes e possuir
equipes capacitadas.
"Inicialmente,
em Campinas, pretendemos implementar o projeto no Centro
de Referência em Álcool e Drogas (Criad), que já
conta com profissionais capacitados e não
fumantes", informa Maria Elisa Bertonha,
coordenadora do Programa Municipal de Assistência
Farmacêutica que integra a equipe que elabora o projeto
a ser enviado para o Ministério. "Mas a diretriz
é desenvolver o trabalho no maior número possível de
unidades da rede pública municipal de saúde",
diz.
O
tema tabagismo passivo, adotado pelo Ministério da Saúde
e Instituto Nacional do Câncer (INCA) para este ano,
foi escolhido com base em uma pesquisa da Organização
Pan-Americana de Saúde (Opas) que mostra que fumante
passivo - aquele que só respira a fumaça do cigarro
alheio - tem 30% a mais de chance de desenvolver câncer
de pulmão do que as pessoas que não têm contato algum
com o fumo.
O
estudo, realizado em capitais dos Países do Continente
Americano e no Brasil, no Rio de Janeiro, mostra que, além
de aumentar em um terço a chance de desenvolver câncer
de pulmão, a exposição involuntária à fumaça de
cigarro também aumenta o risco de doenças
cardiovasculares em 23%.
Mas,
segundo levantamento da Sociedade Brasileira de
Cardiologia, não é fácil ficar longe do cigarro no
Brasil. Um estudo promovido pela entidade mostra que um
em cada quatro brasileiros é fumante e que 20% deles têm
menos de 24 anos. Em Campinas, a estimativa é de que
haja 200 mil fumantes.
"O
desafio é enorme e exige uma grande mobilização no
sentido de informar e sensibilizar a comunidade, já que
ninguém vai parar de fumar sem pensar no assunto antes.
É neste sentido que realizamos as atividades em
Campinas no dia de hoje", diz Maria Elisa.
O
Dia Nacional de Combate ao Fumo foi criado em 1986 através
da Lei Federal nº 7.488. As comemorações acontecem
anualmente sempre sob coordenação do Ministério da Saúde,
em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de
Saúde.
Denize
Assis