A Secretaria
de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde
(Visa), informou nesta terça-feira, dia 21 de agosto, que o
reforço das ações de controle da doença meningocócica
desencadeadas na Vila Esperança/São Marcos, região norte do
município, interromperam a transmissão da doença.
Nesta
comunidade, entre os dias 10 de junho e 8 de agosto, a Visa
registrou um surto da doença com nove casos de meningite
meningocócica do sorogrupo C, com intervalo médio de três a
quatro dias entre uma ocorrência e outra. Todas as pessoas
acometidas são moradoras dos dois bairros (Vila
Esperança/São Marcos).
“Estamos há 12
dias sem casos novos, o que sugere que o surto está
controlado”, afirma a enfermeira sanitarista Brigina Kemp,
coordenadora da Vigilância Epidemiológica municipal. Segundo
Brigina, apesar de a Vigilância ainda considerar que está no
período em que são esperados casos – até 30 de agosto,
considerando 15 dias após a vacinação de bloqueio -, este
intervalo de tempo sem ocorrências é um bom indicativo de
que o surto está controlado.
A Secretaria
de Saúde promoveu quimioprofilaxia com antibiótico para
todos os casos e seus contatos íntimos e, como medida
complementar, realizou vacinação de bloqueio que atingiu
mais de 6,9 mil pessoas até 34 anos moradoras das
residências próximas onde foram notificadas as ocorrências.
Além disso,
propagou das mais diferentes formas a informação de que
trata-se de um surto com transmissão localizada naquela
comunidade, com poucas ocorrências e que, portanto, a
indicação técnica, preconizada pelo Ministério da Saúde e
Organização Panamericana da Saúde (Opas), é de que o
bloqueio vacinal seja em moradores do local com até 34 anos
nas residências vizinhas aos casos.
“Trata-se de um fato
inusitado, restrito àquela comunidade. No restante do
município, a situação da doença meningocócica se mantém
muito semelhante à de anos anteriores, com casos
esporádicos”, informa Brigina.
Em 2006, de janeiro a agosto,
foram registrados 17 casos de doença meningocócica em
Campinas, com prevalência do sorogrupo B. No ano todo, foram
26 casos com três óbitos.
Em 2007,
excluindo o surto, Campinas tem 15 casos, com prevalência do
sorogrupo C e com deslocamento da faixa etária para maiores
de cinco anos. Não houve óbitos.
Denize Assis